Em Mata Roma, 300 quilômetros de São Luís, a Justiça cassou o prefeito que venceu as eleições. Tomou posse a segunda colocada. Hoje as salas da prefeitura estavam trancadas.
O prefeito cassado não entregou as chaves para a sucessora. Manifestantes que apóiam Carmem Neto arrombaram as portas no chute. Eles usaram também chaves de fenda e até furadeiras.
Em Santa Luzia a 280 quilômetros da capital mais baderna. A prefeitura, a Câmara de Vereadores e o fórum foram incendiados.
O quebra-quebra teria sido promovido por partidários de Márcio Rodrigues, do PDT, eleito em outubro, mas cassado pela Justiça Eleitoral.
O segundo colocado Ilzemar Dutra, do PPS, só tomou posse hoje porque 60 policiais militares garantiam a segurança. Vinte e seis pessoas foram presas acusadas de vandalismo.
Além do prejuízo com computadores e móveis que foram destruídos ou saqueados, há ainda uma outra preocupação: no fórum de Santa Luzia todos os sete mil processos foram queimados.
Os 25 presos da cadeia do município deverão ser soltos nos próximos dias porque as provas que constavam nos processos foram destruídas.
Hoje durante um evento o governador Jackson Lago que enfrenta um processo de cassação no Tribunal Superior Eleitoral falou sobre os ataques no interior do estado.
“Eu vejo como uma manifestação popular dizendo que não aceitam desrespeitarem seu voto, não aceitam darem posse a quem perdeu eleição”, diz Jackson Lago, governador do Maranhão.
A Associação do Juízes no Maranhão condenou os atos de vandalismo.
“As forças de segurança pública necessitam e precisam garantir o cumprimento das decisões judiciais sob pena de pôr em risco o próprio estado democrático de direito”, diz Gervásio Protásio, presidente da Associação dos Juízes.
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