sábado, 30 de maio de 2009

Mil desalojados dividem 4 chuveiros em abrigo sem latrinas em Bacabal

Instalados há quase dois meses no Parque de Exposições do município de Bacabal
mais de mil desabrigados pelas chuvas no Estado ainda são obrigados a dividir apenas quatro chuveiros improvisados e usar buracos cavados no chão como latrina.

Por todo o parque, é possível encontrar lixo e fezes na grama. Alguns desabrigados cavaram buracos no chão de cocheiras desativadas, que foram transformadas em latrinas improvisadas.

Segundo a coordenadora da Defesa Civil de Bacabal, Roseane Maria do Nascimento Silva, o município não tem como pagar o aluguel de banheiros químicos, que poderiam ajudar a solucionar o problema.

Apesar da limpeza diária feita por funcionários da Defesa Civil, o mau cheiro se espalha pelas instalações do parque.

Para tomar banho, os desabrigados contam com apenas quatro "chuveiros", na verdade, barracas de lona improvisadas com um cano por onde sai água.

No mesmo local, há uma torneira para lavar roupa e louça, cuja água cai no chão e se mistura à lama, lixo e fezes. Mesmo assim, nem todos conseguem usar a água da torneira. "Tem fila todos os dias. Para lavar roupa, é preciso esperar horas", diz a dona de casa Ana Lúcia Ferreira da Silva, de 24 anos, que há um mês vive no parque com o marido e três filhos.

As primeiras enchentes deste ano em Bacabal ocorreram no início de março. Desde então, famílias obrigadas a sair de suas casas pelas chuvas começaram a ocupar, por conta própria, espaços privados como o parque.

Hospital - A falta de condições de higiene não é exclusiva do parque de exposições. Em um hospital abandonado perto dali, famílias numerosas se aglomeram em cubículos, dividindo espaço com os poucos móveis e utensílios que conseguiram salvar das águas.

No pátio interno, os desabrigados lavam roupa em uma pia quebrada. Lama e dejetos se espalham também pelos corredores e salas, usados agora como casas.

Segundo a Defesa Civil, as mais de 4,7 mil pessoas que ocupam os 54 abrigos da cidade e os outros 5,6 mil desalojados hospedados com parentes ou amigos deverão esperar a chuva passar e o nível do rio Mearim baixar para que possam voltar com segurança para suas casas.

Muitos deles, porém, tiveram suas residências totalmente destruídas pelas águas, e terão que permanecer por algum tempo nos abrigos antes de encontrar um novo lugar para morar.
(Alessandra Corrêa, da BBC Brasil)

sexta-feira, 29 de maio de 2009

Articulistas da grande imprensa defendem a renúncia de Sarney

A descoberta e as posteriores desculpas do presidente do Senado, José Sarney, sobre o auxílio moradia, que ele recebia mesmo tendo uma mansão em Brasília, provocou indignação entre os principais jornalistas do País. O blog selecionou os artigos da cientista política e colunista de O Globo, Lucia Hippolito, e dos jornalistas Ricardo Noblat ( blog - O Globo Online) e Josias de Souza (blog - Folha Online). Leia abaixo:

Farra com o dinheiro do contribuinte

Francamente, Excelência!

Lucia Hippolito

Apanhado com a boca na botija recebendo mais de R$ 3.000,00 de auxílio-moradia, sendo proprietário de uma confortável residência em Brasília e dispondo ainda da residência oficial da Presidência do Senado, José Sarney pediu desculpas e alegou que não pediu auxílio-moradia e que “alguém” vem depositando em sua conta o auxílio-moradia desde meados de 2008.
(Na última terça-feira Sarney afirmara categoricamente que não recebia auxílio-moradia. Pelo visto, a memória voltou subitamente.)
O que dizer de um cidadão brasileiro que, checando sua conta bancária, encontra depósitos mensais de mais de R$ 3.000,00 e não tem a curiosidade de conhecer a identidade desse benfeitor anônimo que todo mês pinga um “capilé” em sua conta?
Sarney é um fofo!
E dizer que uma pessoa assim foi presidente da República por cinco longos anos!

José Sarney não é um iniciante na política. Bem ao contrário. Deputado federal em 1958 (há 51 anos!), governador em 1965 (com uma ajudinha do recém-criado SNI), senador, presidente da República, três vezes presidente do Senado. Sarney já foi tudo neste país.

Criou uma dinastia. Tem a filha e o filho na política.

Será que Sarney não sabe o que é certo e o que é errado? O que pode ser legalmente aceitável mas é eticamente inaceitável? Ou sabe e não se importa?

Um senador da República, presidente do Senado Federal e do Congresso Nacional, que tem residência em Brasília e tem ainda ao seu dispor a residência oficial do Senado, não lê seu contracheque ou não sabe que auxílio-moradia não se aplica?!

Desde a terceira eleição de Sarney para presidente do Senado, em 2009, os cidadãos brasileiros já tomaram conhecimento de que ele requisitou seguranças do Senado para fazer a segurança de sua residência em São Luís (MA), embora ele seja senador pelo Amapá.

Os cidadãos brasileiros também tomaram conhecimento de que, das 181 diretorias descobertas no Senado, pelo menos 50 foram criadas por José Sarney.

Os cidadãos brasileiros tomaram conhecimento, ainda, de que uma assessora para as campanhas de Sarney e da famiglia Sarney era também, nas horas vagas, diretora do Senado.

Flagrado, Sarney afastou a diretora… E a nomeou como assessora especial.

O que será que o senador Sarney pensa de nós, eleitores? Que somos um bando de bobos. Que aceitamos qualquer coisa.
Francamente, Excelência. Isto é inadmissível.

O melhor a fazer é renunciar à presidência do Senado. Além de devolver o dinheiro público, naturalmente.

Comentário
Sarney, assuma suas responsabilidades!

Ricardo Noblat

Vem cá. Quando imagino que o deboche dos políticos com o distinto público batera no teto, surge um fato novo capaz de provar que não há teto para o deboche deles.
Quer dizer que senadores, donos de imóveis em Brasília, receberam e continuarão recebendo auxílio moradia de R$ 3,8 mil mensais “por que a lei não diz que não pode” - e a lei “tem que ser igual para todos”, segundo o terceiro-secretário da direção do Senado, Mão Santa (PMDB-PI)?
O auxílio-moradia é pago… Para quem não tem moradia em Brasília. Muitos senadores moram em apartamentos do Senado. E sabe-se agora que pelo menos três deles, inquilinos de apartamentos do Senado, também embolsam o auxílio-moradia. Serão de fato os únicos?
Se forem, isso quer dizer que os demais senadores que moram em apartamentos do Senado abriram mão do auxílio-moradia. Portanto, a direção do Senado tinha conhecimento de que três senadores espertos recebiam um auxílio dispensável. E ela jamais fez nada. Porque a lei “tem de ser igual, etc…”
José Sarney (PMDB-AP) é dono de uma confortável casa em Brasília há muitos anos. Mas somente hoje, depois que o jornal Folha de S. Paulo noticiou o assunto, foi que ele se deu conta de que também recebia auxílio-moradia sem necessidade alguma. Pediu desculpas e prometeu reembolsar o Senado.
Ora, se Sarney devolverá o que ele mesmo admite que não deveria ter recebido, como ficarão aqueles que recebem auxílio-moradia e ocupam apartamentos do Senado que nada lhes custam?
(A propósito: quantos dos 513 deputados se encontram na mesma situação?)
Algo como 95% dos brasileiros vivem com uma renda mensal inferior a R$ 3,8 mil.
Um bando alegre de senadores não paga aluguel e ainda ganha R$ 3,8 mil mensais para morar em apartamentos do Senado.
Sarney pensa que ficará bem diante da opinião pública devolvendo a grana que não deveria ter recebido, que jamais notara que recebia.
Em fevereiro passado quando se descobriu que o Senado pagara alguns milhões de reais a título de hora extra trabalhada para mais de 3 mil servidores que haviam folgado durante o recesso de fim de ano, Sarney teve atitude parecida com a de hoje.
Mandou descontar do salário dos funcionários do seu gabinete o que eles haviam recebido indevidamente. Deve ter achado que com isso ficaria bem na foto.
Até teria ficado se ele fosse apenas um senador. Mas Sarney é o presidente do Senado. Sua responsabilidade é maior do que a dos seus pares. Suas atribuições, também. Igualmente seus privilégios.
Se ele julga errado ser dono de imóvel em Brasília e ter direito a auxílio-moradia, proponha acabar com o auxílio-moradia para senador dono de imóvel em Brasília ou ocupante de apartamento funcional.
Se a proposta for rejeitada pela maioria dos seus colegas de direção do Senado, ele poderá submetê-la a voto em plenário. Se mesmo aí ela for derrotada, bem… Aí Sarney ficará bem na foto.
Ficaria até melhor se aproveitasse a ocasião para renunciar à presidência do Senado diante do fracasso do seu empenho em tentar moralizá-lo.

Sarney e mais 3 recebiam ‘bolsa moradia’ sem saber

Josias de Souza

A cena, por ficcional, pede uma analogia literária. Recorra-se, então, à frase de um personagem de Dostoievski: “Se Deus não existe, tudo é permitido”.
Descobriu-se que a Viúva vinha pagando indevidamente a quatro senadores um auxílio-moradia. Coisa de R$ 3.800 por mês.
Entre os infratores estava José Sarney (PMDB-AP), o presidente do Senado. Mora em casa própria. Uma solarenga mansão no Lago Sul, bairro chique de Brasília.
Além de Sarney, beliscavam indevidamente o benefício o petista João Pedro (AM), o tucano Cícero Lucena (PB) e o ‘demo’ Gilberto Gollner (MT).
A trinca dispõe de confortáveis apartamentos funcionais, custeados pela vulnerável e veneranda $enhora.
Na última terça (26), inquirido sobre o inacreditável, Sarney soara peremptório. Disse que “nunca” recebera o auxílio-moradia.
Nesta quinta (28), Sarney viu-se compelido a reconhecer o inaceitável: “Eu nunca pedi auxílio…”
“…Por um equívoco, a partir do meio de 2008, verificaram que realmente estavam depositando na minha conta…”
“…Mas eu já mandei dizer que retirassem porque nunca requeri e tinha a impressão que não estava recebendo. Eu dei uma informação errada e peço desculpas”.
Em verdade, o famigerado auxílio vinha pingando –inadvertidamente— na conta de Sarney desde maio de 2007. Tudo somado, chega-se a R$ 79.800.
Sarney, que nada viu, promete devolver. Reunida nesta quinta, a Mesa diretoria do Senado decidiu que também os outros três terão de devolver o malversado.
Houve má fé? Não, não. Absolutamente. Entendeu-se que João Pedro, Cícero Lucena e Gilberto Gollner não incorreram em malfeito.
Deus, como se sabe, existe. Mas parece óbvio que Ele não está em toda parte. No Senado, quem dá as cartas é Asmodeu.
Ali, a dissimulação é o mais próximo que o homem se permite chegar da

quarta-feira, 27 de maio de 2009


Para que assistiu pela TV, foi hilário ver o esforço que fazia o secretário de saúde e governador de fato Ricardo Murad, para aparecer ao lado do ministro da saúde José Gomes Temporão, durante solenidade realizada na segunda-feira no Paláci dos Leões.
Num determinado momento, ao perceber que a TV mirante iria entrevistar o ministro, Ricardo imediatamente correu para se posicionar bem atrais, como um autentico “Papagaio de Pirata”, mas para seu desespero, e por ser bem mais alto que o ministro, no momento da fala só era possível ver o tronco do “governador de fato”.
Na guerra que travam em sí, dessa vez o vice-governador biônico João Alberto se deu melhor, pois se posicionou estrategicamente bem ao lado da governadora Roseana Sarney durante a solenidade, conseguindo pelo menos dessa vez, aparecer bem mais que o espaçoso secretário de saúde.
Enquanto Ricardo Murad e João Alberto brigam para ver quem manda mais, a população dos municípios atingidos pelas enchentes continua esperando por uma ajuda efetiva do governo estadual, que até o momento nada fez por milhares de flagelados que perderam tudo que conseguiram ao longo de suas vidas com muito trabalho e dignidade.

GOVERNO ESQUIZOFRÊNICO


Antes de sair para operar sua cabeça, (retirar um aneurisma), a governadora biônica mandou um recado para o vice João Alberto: Você vai assumir, mas quem vai mandar é o ex-metropolitano… Que terá a incumbência de construir vários hospitais no Estado.

Seria uma ótima noticia, mas vamos aos fatos:

Roseana não quer construir hospitais coisissíma nenhuma, se fosse verdade, por que ela confiscou o dinheiro deixado (R$ 350 milhões) da gestão passada que era para a construção de hospitais em todo o Estado? Que inclusive causou protestos ontem na Assembléia Legislativa. O deputado Vitor Mendes, que é da base aliada do governo biônico, criticou veemente a infeliz atitude da governadora.

Programa Silva Rocha:

Hoje assistindo o programa patrulha policial, o jornalista Silva Rocha fez um apelo emocionante ao vivo, tudo para que Ricardo Murad, que é seu amigo, se sensibilize e “libere” o remédio urgentemente!!!!!!!!!!!!!!!!

Faltam remédios:

Nunca mais tinha faltado remédio, mas agora, após um mês, o medicamento para tratamento da esquizofrenia sumiu. O pior, é que não é apenas a droga ZYPREXA, outros medicamentos “sumiram”, mas enquanto isso, o ex-gerente metropolitano Ricardo Murad está “pintando o sete” na Secretaria de Saúde. Já viram a fachada do prédio da Saúde ao lado da sede da OAB?

Em qualquer lugar do mundo, a cor branca (que representa limpeza), é a cor representada pelos serviços de SAÚDE, alguém já viu um médico vestido de amarelo, azul, vermelho, e demais cores do governo do baralho?

Duas coisas, ou é só de fachada esse governo, ou o ex-gerente metropolitano está vendo tudo colorido, quando a realidade do Maranhão está cada vez mais PRETA. Interna ele!!!

Jackson Lago e sua coligação recorrem para que cassação seja analisada pelo STF

O governador cassado do Maranhão, Jackson Lago (PDT), e a coligação Frente de Libertação do Maranhão apresentaram ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) recursos extraordinários contra a decisão da Corte, tomada em março, que cassou o seu mandato e de seu vice, Luiz Carlos Porto, por abuso de poder político.

Os recursos, que serão analisados pela Presidência do TSE, pedem o exame do caso pelo Supremo Tribunal Federal (STF) com a extinção do processo sob o argumento de que o TSE não teria pelo artigo 121 da Constituição Federal competência originária para julgar ações que tratam de recurso contra expedição de diploma. Com isso, pedem a anulação do julgamento do TSE ou a remessa dos autos para o Tribunal Regional Eleitoral do Maranhão (TRE- MA).

Além desse motivo, Jackson Lago argumenta que o resultado do julgamento ocorreu de forma equivocada, com base na soma indevida de votos que se apoiaram em causas de pedir distintas. Desse modo, segundo o governador cassado, houve ofensa aos princípios do devido processo legal e da exigência de motivação das decisões judiciais, contidos nos artigos 5 e 93 da Constituição Federal.

"Do confronto dos votos, percebe-se que a única base empírica comum se dá entre aqueles que votaram pelo provimento do recurso por conta dos episódios de Codó e Pinheiro (Prodim)", afirma Jackson Lago em seu recurso.

Afirma ainda que o entendimento do TSE que apontou abuso de poder político por parte de Jackson Lago violou os princípios constitucionais da proporcionalidade e da razoabilidade. Tanto Jackson Lago quanto a coligação pela qual foi eleito em 2006 sustentam ainda que há repercussão geral evidente no caso, por envolver cassação de mandato de governador escolhido pela maioria dos eleitores de um estado.

Jackson Lago e sua coligação afirmam que o evento de Codó e o caso Prodim ocorridos no primeiro semestre de 2006, dois dos onze fatos apontados como causa de pedir a cassação de seu diploma, não tinham potencial para influenciar no resultado da eleição daquele ano. Segundo o governador cassado, no episódio de Codó, no aniversário da cidade, houve apenas um pronunciamento de apoio do governador do Maranhão José Reinaldo Tavares e no de Pinheiro, realizado em local fechado, compareceu um gerente regional do governo estadual para falar do programa Prodim. Desse modo, Jackson e sua coligação afirmam que sua cassação se deu em razão de fatos irrelevantes, de pouco potencial ofensivo ao equilíbrio da eleição no estado.

Entre os motivos para pedir a punição de Jackson Lago e de seu vice, a coligação Maranhão – A Força do Povo, da candidata Roseana Sarney, informou que, em Codó, houve assinatura de convênio entre o governo e a prefeitura, quando estariam presentes José Reinaldo Tavares e Jackson Lago. No outro caso, a coligação acusou Lago de participar de reuniões do Prodim, programa do governo do estado em parceria com o Banco Mundial (BID), que visava a doação de bens e serviços a pessoas carentes. Roseana Sarney foi empossada governadora do Maranhão após o TSE confirmar a cassação de Jackson Lago ao rejeitar em abril os recursos (embargos de declaração) que apresentou contra a decisão.

Por sua vez, Jackson Lago e sua coligação destacaram nos recursos extraordinários que a diferença de votos entre ele e a candidata Roseana Sarney foi mínima nos municípios de Codó e Pinheiro e que, mesmo se os 39.121 votos recebidos por Lago nas duas localidades lhe fossem retirados, mesmo assim seria eleito governador do Maranhão em 2006. (Da Ascom / TSE)

terça-feira, 26 de maio de 2009

Holanda diz que governo do MA distribui apenas farinha para flagelados

O deputado Edivaldo Holanda (PTC), em pronunciamento feito na sessão de ontem (25), denunciou o que ele classificou de descaso do governo do Estado para com centenas de famílias desabrigadas no município de Boa Vista do Gurupi.

Holanda afirmou que neste último final de semana esteve na cidade e presenciou um fato lastimável. Segundo ele, funcionários do governo estadual distribuíam aos desabrigados pelas chuvas cestas básicas contendo apenas farinha.

“Se eu não tivesse visto com os meus olhos, sinceramente não acreditaria. Mas presenciei o fato. Vi a humilhação de centenas de famílias que foram forçadas a receber cestas básicas contendo apenas sacos de farinha”, relatou o parlamentar.

Edivaldo Holanda solicitou ao líder do governo na Assembleia, deputado Chico Gomes (DEM), que mantenha contato com os órgãos governamentais responsáveis pela distribuição das cestas básicas para os desabrigados maranhenses com o objetivo de descobrir os verdadeiros motivos da “humilhação”. “Deputado Chico, o senhor como líder do governo tem que saber por que o governo está humilhando estas pessoas desta forma”.

Holanda esteve em Boa Vista do Gurupi participando de uma ação da 2ª Assembleia Geral das Igrejas Batistas da Região do Alto Turi. Na ocasião, representantes da Convenção Batista Maranhense distribuíram aos desabrigados cestas básicas, alimentos e remédios.

PSB garante apoio a José Reinaldo no MA

O ex-governador José Reinaldo Tavares e o presidente da Assembléia Legislativa, Marcelo Tavares confirmaram que vão continuar no PSB, e que não há o menor risco de uma intervenção da executiva nacional, para levar o partido a apoiar o grupo Sarney no Maranhão.
O presidente da legenda, o governador de Pernambuco, Eduardo Campos, disse ao ex-governador que a sua ida para o PSB foi homologada por Miguel Arraes, o que lhe garante irrestrito apoio na disputa que trava no Maranhão.
Neste próximo sábado, o diretório estadual elege a executiva do PSB, e vai reafirmar a eleição de José Antônio Almeida para a presidência. Dos 60 eleitores, o grupo Tavares tem 36 votos garantidos, podendo chegar a 42.
Em busca de um entendimento com o deputado federal Ribamar Alves, que questionou a primeira eleição de Almeida, foi oferecida, e recusada, a terceira vice-presidência, hoje ocupada por Marcelo Tavares.
Neste sábado serão confirmados os nomes de José Antônio Almeida (presidente), Édison Vidigal (1ª Vice), Domingos Paz (2ª Vice), Marcelo Tavares (3ª Vice), e o ex-deputado federal Luciano Leitoa como secretário geral, dentre as 21 cadeiras da executiva.
Composição que garante o PSB longe das hostes de Sarney no Maranhão.

Modificado às 0h48 para correções feita pelo leitor Antônio Carlos Aguiar.

segunda-feira, 25 de maio de 2009

SENHOR FEUDAL - JOSÉ SARNEY 'ESCONDEU' DA JUSTIÇA CASTELO EM PORTUGAL

Quinta dos Lagos foi comprada no final de sua presidência, por meio de uma ‘offshore’ com sede num ‘paraíso fiscal’

Castelo, em estilo que lembra o período medieval, teria sido do presidente do Senado por pelo menos quatro anos

POR OSWALDO VIVIANI
De Sintra, Portugal

Chamado pela revista inglesa "The Economist", em fevereiro passado, de representante do semifeudalismo na política brasileira, o presidente do Senado, José Sarney (PMDB), adquiriu, no final de sua Presidência, em 1990, um castelo em estilo que lembra o período medieval, na cidade de Sintra, em Portugal (a 20 km de Lisboa). Trata-se da Quinta dos Lagos - imóvel de 23.400 metros quadrados de área total, avaliado atualmente em R$ 30 milhões (10 milhões de euros), sem contar o valor histórico -, que teria pertencido a Sarney por pelo menos 5 anos. A propriedade nunca foi declarada à Justiça Eleitoral nem à Receita brasileira.

De acordo com uma reportagem investigativa publicada na ocasião pela revista portuguesa "Olá", Sarney comprou a Quinta dos Lagos por meio da Almonde Securities S.A., uma offshore com sede no Panamá, mas que tem os fundos geridos na Suíça. Os dois países - Panamá e Suíça - são "paraísos fiscais" (locais que gente endinheirada busca para abrir empresas quando pretende driblar o Fisco).

A reportagem do Jornal Pequeno esteve em Sintra e Lisboa, de 14 a 22 de abril, e teve acesso, embora restrito, ao registro da transação imobiliária na 1ª e na 2ª Conservatórias (Cartórios) de Registro Predial de Sintra. A Quinta dos Lagos teria sido comprada por José Sarney/Almonde de representantes legais de uma certa família Sibourg.

Não foi possível localizar nos dois cartórios de Sintra a data em que Sarney se desfez do imóvel. O JP apurou, no entanto, que o castelo segue em nome de alguém ligado à Almonde Securities, cujos endereço e telefone em Sintra são da Quinta dos Lagos. Vizinhos e comerciantes antigos, instalados nos arredores do castelo, garantiram ao JP que pelo menos até 1993 "uns brasileiros da família de um ex-presidente da República" passavam parte do verão europeu na Quinta dos Lagos.

Assunto tabu - O "caso do castelo" é um assunto tabu para o senador José Sarney, que sempre evitou, de todas as formas, comentá-lo. O JP encaminhou ao assessor da Presidência do Senado, Chico Mendonça, dois e-mails com várias perguntas a Sarney, além de ter feito com o assessor dois contatos telefônicos.

Na única e ligeira resposta dirigida ao JP, Mendonça afirmou apenas, num e-mail, que "a informação não é verdadeira" e que "quando surgiu pela primeira vez, à época do governo Sarney, foi cabalmente desmentida". O assessor não informou ao JP os termos desse desmentido "cabal" e, certamente por orientação do senador Sarney, fez um pedido estranho, no final do e-mail: "A declaração deve ser atribuída a mim".

Reportagem investigativa - A compra da Quinta dos Lagos e a ligação da Almonde Securities com José Sarney foram divulgadas pela primeira vez numa reportagem de autoria da jornalista Maria do Rosário Lopes, publicada, pouco tempo depois da aquisição do castelo, pela revista portuguesa "Olá", um suplemento do jornal "Semanário". O JP teve acesso à publicação na Biblioteca Nacional de Portugal, em Lisboa.

A matéria é intitulada - como o romance policial de Eça de Queiroz e Ramalho Ortigão - "O mistério da estrada de Sintra". Nela, a repórter Maria do Rosário informa que o procurador da Almonde Securities em Portugal, na época, Carlos Aguiar, embora não tenha negado a compra da Quinta dos Lagos por José Sarney, "recusou-se a prestar maiores esclarecimentos".

A aquisição do castelo por Sarney - concretizada quando ele ainda era presidente da República - foi confirmada à repórter Maria do Rosário pela vizinhança da propriedade e por uma caseira, identificada como Maria José. Esta afirmou à jornalista que o negócio envolveu "uns brasileiros, gente importante, parece que era o Sarney".

Além da reportagem da revista "Olá", o blog http://riodasmacas.blogspot.com, que descreve lugares e curiosidades de Sintra, posta há bastante tempo a informação de que José Sarney foi um dos donos da Quinta dos Lagos (buscar no google "quinta dos lagos rio das maçãs"). "Comprada [depois da morte do primeiro dono, Fernando Formigal de Morais] por um tal senhor Andersen, cônsul geral da Dinamarca, a quinta [dos Lagos] também teve como proprietários a família Sibourg e o ex-presidente do Brasil José Sarney", diz o blog.

O que se pergunta é: se Sarney já negou "cabalmente" ter sido algum dia dono do castelo, por que não exigiu até hoje que a informação fosse excluída do blog? Isso para ele não representaria nenhuma dificuldade, pois já conseguiu até que a Justiça retirasse um blog do ar, no Amapá (http://alcinea-cavalcante.blogspot.com).

Cercas elétricas e cão - Para checar as informações difundidas pela revista "Olá" e pelo site "Rio das Maçãs", a reportagem do JP esteve, no dia 16 de abril, na Quinta dos Lagos, que se estende pela rua Francisco dos Santos, mas cujo portão principal fica no largo Fernando Formigal de Morais, 9. O nome do largo é uma homenagem ao primeiro proprietário do castelo (saiba mais na página 6).

O lugar é todo rodeado por muros altíssimos, onde estão instaladas cercas elétricas. Um grande cão preto também vigia o castelo.

A reportagem tocou o interfone instalado ao lado de um pequeno portão que dá acesso ao castelo pela rua Francisco dos Santos. Um empregado atendeu, porém não permitiu o acesso à área interna. Ele não quis se identificar, mas admitiu que José Sarney foi dono da Quinta dos Lagos, garantindo que atualmente não era mais. Perguntado sobre quem era o atual proprietário, respondeu com um seco e desconfiado "Não te interessa", fechando o portão na cara do repórter.

Um dia depois, numa consulta à lista telefônica portuguesa, a reportagem do JP descobriu que o número do telefone da offshore Almonde Securities em Portugal era de Sintra: 219 231 589.

Ao ligar para esse número, outra surpresa: atendeu uma funcionária da Quinta dos Lagos, que se identificou como Armandina Fernandes e confirmou que o ex-presidente José Sarney foi um dos proprietários do castelo. Depois, passou o telefone para o empregado com o qual a reportagem havia conversado um dia antes. Ele recusou-se a prestar novas informações e pediu que o repórter não insistisse.

Confirmou-se, assim, que a Almonde Securities S.A. não tem sede, nem escritório, nem funcionários em Portugal. Seu telefone e endereço atuais são da própria Quinta dos Lagos.

Mulheres e 'miúdos' - Em Sintra, é notório que José Sarney foi dono da Quinta dos Lagos. Um morador e dois comerciantes da Estefânia de Sintra, onde se localiza o castelo, afirmaram ao JP que no início dos anos 90 "uns brasileiros da família de um ex-presidente da República" eram vistos nas épocas do verão europeu (junho a agosto) entrando e saindo de carro na propriedade e frequentando o comércio local.

Os três entrevistados - cujos nomes a reportagem prefere preservar - disseram que conheceram "algumas mulheres e os 'miúdos' [crianças]", mas não se lembram de alguma vez terem visto o próprio José Sarney na propriedade.

No entanto, coincidência ou não, o atual presidente do Senado era figurinha fácil em terras portuguesas entre 1990 e 1993. Jornais e revistas da época registraram várias dessas visitas à nossa ex-metrópole ultramar. Nessas ocasiões, Sarney nunca deixava de se encontrar com seu amigo Mário Soares, do Partido Socialista, então presidente da República portuguesa. A dupla jantava quase sempre no luxuoso restaurante lisboeta Gambrinus, na rua das Portas de Santo Antão, perto da bela praça do Rossio.

Notícias Relacionadas
Arruinado, primeiro dono do castelo se suicidou

sábado, 23 de maio de 2009

JOSÉ REINALDO TAVARES ACENA PARA O PPS


O ex-governador José Reinaldo Tavares (PSB) anunciou numa reunião com dirigentes do PPS no início da semana que deixará o PSB. Mas, não irá para o PSDB, mas sim para o próprio PPS. O anúncio surpreendeu os socialistas.

Segundo José Reinaldo, o presidente do Senado José Sarney (PMDB-AP) tem uma forte ascendência sobre a direção nacional do partido, leia-se o governador pernambucano Eduardo Campos.

Essa foi a única razão exposta por Tavares para deixar o PSB. Hoje, a coluna O Estado Maior, de O Estado, colhida do jornal A Tarde, dirigido pelo jornalista Luís Cardoso, a direção nacional da legenda, “estaria fortemente inclinado a intervir no Diretório do Maranhão. Motivo: os dirigentes do partido estão na contramão da orientação da direção nacional”.

Depois da reunião com os dirigentes do PPS, José Reinaldo viajou para Brasília (DF) onde se encontrou com a ‘cúpula’ nacional do PPS, leia-se Roberto Freire. Tavares deve ingressar no partido antes do congresso da legenda, que ocorrerá no início de agosto.

Uma fonte – próxima de Tavares – revelou ao blog que o ex-governador anda incomodado com uma suposta aproximação do correligionário, deputado federal Ribamar Alves, do ministro das Minas Energia, Edison Lobão (PMDB). Tavares teria se queixado do advogado José Antônio Almeida, presidente regional do PSB.

A ida de José Reinaldo para o PPS o aproxima do palanque eleitoral de José Serra (PSDB) em 2010. Para os tucanos, o PPS funciona como uma sublegenda do PSDB

NADA COMO UM DIA APÓS O OUTRO!!!


Os policiais militares que chegaram a sonhar com um aumento de 12% em seus vencimentos, enviado para a AL, pelo governo deposto, agora têm que se contentar com apenas 5% concedido pela governadora empossada Roseana Sarney.

O incrível nessa história é que não apareceu nenhum oficial da corporação para peitar o secretário de segurança e nem tampouco ameaçar com o aquartelamento, como faziam sistematicamente no governo anterior.

Durante os dois anos do governo Jackson Lago, ninguém foi mais presssionada que a secretária de segurança Eurídice Vidigal e o Comandante-Geral da Polícia Militar, coronel Francisco Melo, que era tido pela tropa como verdadeiro carrasco, sobretudo após a criação do Patrulha nos Bairros, que em trinta dias do novo governo já foi quase totalmente extinto, embora tenha sido muito bem aceito pela população que já sente sua falta.

O deputado Raimundo Cutrim, atual secretário, que da tribuna da Assembleia Legislativa criticava duramente e dizia que com ele tudo seria diferente, que a população poderia dormir com as portas de suas casas abertas que nada lhes aconteceria, até agora não disse a que veio, a violência e acriminalidade não diminuiram e o contigente policial nas ruas hoje é até menor que na gestão anterior.

É como diz o adágio popular: Pimenta nos olhos dos outros é refresco!

sexta-feira, 22 de maio de 2009

FÁBRICA DE MENTIRAS



Os “jornalistas” do Sistema Mirante, de propriedade da família Sarney, orientados por seus patrões, tentam mais uma vez, de forma sórdida e asquerosa, arquitetar uma campanha de desgaste do governo Jackson Lago. Eleito pela vontade popular e soberana da maioria dos maranhenses sendo depois arrancado por um grupo oligárquico, autoritário, excludente através de um golpe, Jackson e seus auxiliares continuam como alvos preferidos da máquina de guerra do clã Sarney.
Ao tentar confundir, mais uma vez, a opinião pública, com informações distorcidas, a mais nova trama diabólica do grupo Sarney consiste em vasculhar nos setores administrativos da gestão pedetista, de norte a sul, de leste a oeste, indícios (não importa se forjados) que demonstrem a falta de compromisso do governo anterior com a população que o elegeu legitimamente.
Nesse sentido, a tática utilizada seu aparato de comunicação - TV Mirante, jornal O Estado do Maranhão e blogues -, estes alinhados para de maneira leviana e mentirosa, desqualificar os avanços e as conquistas obtidas no governo Jackson Lago, principalmente no setor educacional. Eles não lembram de falar que em oitos anos de Roseana no poder, só construíram três escolas de Ensino Médio, deixando em apenas 58 municípios maranhenses numa realidade de 217 que existem no Maranhão.
Para saber como isso vem ocorrendo, basta prestar atenção em cada vírgula de jornal, cada frase dos locutores e cada imagem das televisões impregnadas de informações manipuladas como se fosse verdade, ou seja, apresentam uma dada opinião como se fosse a “vontade da população”, mas que na verdade, não passa do mais deprimente festival de embustes, pautados por interesses político-eleitoreiros.
Entregue pelo voto de quatro ministros do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Roseana Sarney sabe que possui ainda um alto índice de rejeição e enfrentará muitos problemas pra conseguir sua reeleição em 2010. Os ataques diários ao governo Jackson Lago arquitetados pelo império midiático sarneysista, mesmo depois da tomada do poder, só servem para demonstrar claramente o medo da oligarquia de encarar as urnas ano que vem.

O Maranhão não Aguenta mais a Governadora dos 4 Votos



A família Sarney mais uma vez é a causa maior do atraso e da pobreza do estado. 'Ô, sina'! O Maranhão, depois de um esforço enorme para estabilizar as suas contas e a adoção de uma radical mudança da agenda governamental, que finalmente priorizou a melhoria dos seus indicadores sociais (renda per capita, escolaridade média, combate ao analfabetismo e de outras mazelas sociais), vê agora tudo ir pelo ralo. Quiséramos poder esperar que não...


Quiséramos esperar que a grande imprensa, assim como o fez recentemente (a revista Veja, p.ex.) pudesse publicar estudos comprobatórios positivos, oriundos de renomadas instituições - como A Fundação Getúlio Vargas - mostrando que Maranhão, como no meu período de governo, obteve avanço em relação aos indicadores sociais.

No período em que governei o estado foi assim. O Maranhão foi o terceiro estado brasileiro que mais avançou em relação a tais indicadores. Comprovadamente. Em outras palavras, com os referidos estudos, foi possível ver que o novo caminho que o Maranhão escolheu a partir da minha gestão deu certo, tudo em benefício de seu povo. Bastava prosseguir.

E era isso que vinha acontecendo no governo Jackson, evidentemente, respeitando particularidades de cada um. Os convênios com os municípios foram fundamentais para a amplificação do êxito do governo e, por isso, continuados. Parecia que finalmente o Maranhão decolaria...

Com a decisão dos 4 Ministros do TSE, sem dúvidas, tomada sob grande pressão do Presidente do Senado, José Sarney, isso tudo mudou. O estado está parado, como bem coloca a excelente jornalista Dora Kramer do Estado de São Paulo em recente artigo. Segundo o que diz, o estado do Maranhão sofre com as incertezas sobre o futuro, geradas pela paralisia que aqui se abateu desde a posse de Roseana Sarney.

Infelizmente, o quadro é obscuro. Quando vierem novas pesquisas, o estado deverá sofrer brutal regressão. Roseana legou ao Maranhão, após deixar o governo há 7 anos, a última colocação entre os estados brasileiros em relação a todos os indicadores sociais. Não merecia recebê-lo de volta. E ela continua a mesma, pasmem. Por último, disse à revista Época que no seu governo os indicadores sociais do estado melhoraram. É caso de insanidade!

Vamos ver a sua contribuição desse governo de opereta nesses pouco mais de trinta dias:

1. Em uma sanha revanchista, sem precedentes, tem um grupo autorizado pelo governo, examinado listas de pessoal, demitindo todos que lhes pareçam simpatizantes do governo anterior. Com isso deram enorme contribuição para a inoperância dos órgãos de governo. Não interessa o mérito. É o aparelhamento sarneysista.

2. De maneira inusitada, resolveram tomar dinheiro das prefeituras. Retiram a verba de suas contas, utilizando sentenças eivadas de vícios de origem, pois, segundo advogados, para serem prolatadas deveriam ser acompanhadas das cópias dos convênios, o que não aconteceu. Assim, estão retirando das contas até dinheiro aquelas receberam do governo federal. Uma loucura. É para intimidar a classe política. Querem subjugar os prefeitos pelo medo. Para os menos aguerridos, mandam recados que podem devolver alguma coisa. Na verdade só querem ganhar tempo e diminuir as reações. Eles querem é o dinheiro, aliás, nunca esconderam isso.

3. Não mexem uma palha em favor das cem mil famílias desabrigadas pelas cheias. O abandono chega a ser criminoso e as imagens da televisão não deixam dúvidas. Doenças e fome, desespero e desamparo é o que têm. Os municípios estão praticamente sós nessa luta. Eles é que estão provendo a assistência médica, numa luta desigual, pois as condições em que as pessoas estão abrigadas são péssimas, insalubres, precárias. As crianças são as que mais sofrem, abandonadas pelo poder público. O Maranhão é talvez o único estado em que o governo não liga para o que está acontecendo, para esse drama e tragédia que se abateu sobre tanta gente. A Governadora condescendeu em fazer um passeio de lancha pelo rio, muito maquiada para a TV, e deu por encerrada sua participação. Ficou exausta e os desabrigados deviam ficar felizes em vê-la, em seu desfile. E nessa hora terrível é que ela, insensível, resolveu tirar dinheiro dos prefeitos. Qualquer um daria recursos para os prefeitos minorarem o drama da população. Ela, no entanto, não quer saber. O que quer é apenas o dinheiro. Em vão, tenta fazer crer que não recebeu dinheiro de Jackson. O que dizer então sobre os 380 milhões deixados? Dinheiro esse constante do fluxo de caixa do estado? O Maranhão, com esse tipo de gente no governo, vai levar muito tempo para se recuperar. Milhares de famílias perderam tudo: casas, camas, geladeiras, televisão, outras mobílias, e talvez até mesmo assaltadas em seu orgulho e auto-estima. Como se recuperarão sem ajuda? E no setor rural, a fome e a miséria aumentarão muito, pois sem socorro, perdem tudo que plantaram, sua atividade, seu ganha-pão. Não merecem tanto descaso...

4. Roseana, a governadora dos 4 ministros, não quer dar os aumentos já autorizados por Jackson em medida provisória. A gratificação dos professores escapou, porque ela mandou buscar as medidas de volta e depois desistiu. Claro, pois a devolução teria que ser autorizada pelo plenário da Assembleia, certamente com as galerias lotadas de professores. O medo da rejeição a fez mandar buscar seu ofício de volta. Com os servidores em geral e a Polícia Militar, em particular, ela também não quer dar os aumentos. Mas mudou de tática. Agora, toda vez que a media provisória vai a votação, ela manda a sua bancada de deputados apoiadores se retirar de plenário, afetando o quorum da reunião. Se não houver reação nas galerias, ela vai tentar empurrar com a barriga por muito tempo. Aumento não é com ela. Em oito anos de governo, os servidores nunca foram respeitados. Tiveram zero de aumento. Ela é a mesma.

5. A maior prova da paralisação administrativa do Maranhão é dada pela circulação do Diário Oficial. Não circulou em dia nenhum desde que Roseana usurpou o governo. Mais que uma irregularidade, um crime, pois contraria a Lei e atende ao desejo de falta de transparência que quer o governo, prejudicando o acompanhamento e a fiscalização dos seus atos. Se o Diário Oficial atrasava um dia no governo Jackson, a mídia Sarneysista acusava o governo de esconder seus atos. Hoje, com esse governo, atrasa todos os dias. O que poderão dizer?

6. É risível. Para simularem trabalho, assinam, com toda a pompa mais um protocolo da refinaria da Petrobras. Sendo que tudo isto já havia sido assinado por Jackson. São os reis da embromação!

Mas essa lista é muito maior... Contudo, por hora, pararemos por aqui.

Na próxima semana, falaremos da reunião de Resistência Democrática. Animador. Até lá!


Escreveu José Reinaldo Carneiro Tavares às 07:38 0 comentários

Marcadores: Meus artigos

TE CUIDA CARCARÁ !!!


Pelo visto a queda de braço entre o super secretario e governador de fato Ricardo Murad e o vice (de direito) João Alberto, está apenas no começo. A medida que se aproxima a licença da governadora biônica Roseana Sarney, para tratamento de saúde,a guerra muda entre ambos vai se acirrando.
Uma prova evidente dessa guerra, foi a jogada armada por Ricardo ontem em frente a secretaria de saúde do estado, da qual é o titular. Um suposto grupo de agentes de saúde foi para a porta do órgão, exigir da secretaria o pagamento do décimo quarto salário da classe que não vem sendo pago.
Curiosamente o carro de som dos manifestantes trazia uma faixa com o nome do deputado Alberto Franco, grande amigo de Ricardo Murad, que desceu do gabinete, subiu no carro dos “manifestantes”, distribuiu abraços. Tudo rigorosamente registrado por um blogueiro miranteano, que trabalho no prédio ao lado onde funciona o TCE.
A espectativa agora gira em torno do contra-ataque por parte de João Alberto, conhecido por sua dureza com adversários e homem que não costuma deixar pergunta sem resposta.

quarta-feira, 20 de maio de 2009

Globo comprova descaso do Governo do Estado com os desabrigdos do MA

O Jornal Nacional, de segunda-feira, e o Jornal Hoje, de ontem, da Rede Globo de Televisão, confirmaram o que disse o ex-governador José Reinaldo Tavares em seu artigo de terça-feira, aqui no JP. (O governo) “Não mexem uma palha em favor das cem mil famílias desabrigadas pelas cheias. O abandono chega a ser criminoso, e as imagens da televisão não deixam dúvidas. Doenças e fome, desespero e desamparo é o que têm. Os municípios estão praticamente abandonados nessa luta. Eles é que estão provendo a assistência médica, numa luta desigual, pois as condições em que as pessoas estão abrigadas são péssimas, insalubres, precárias. As crianças são as que mais sofrem, abandonadas pelo poder público. O Maranhão é talvez o único estado em que o governo não liga para o que está acontecendo, para esse drama, essa tragédia que se abateu sobre tanta gente. A governadora condescendeu em fazer um passeio de lancha pelo rio, muito maquiada para a TV, e deu por encerrada sua participação. Ficou exausta e os desabrigados deviam ficar felizes em vê-la em seu desfile”, escreveu e denunciou Zé Reinaldo.

E a Rede Globo, através dos seus telejornais, mostrou para todo o Brasil que se trata da mais cristalina verdade. Mostrou a Globo, em matérias produzidas diretamente por sua equipe, sem passar pelo Sistema Mirante, a dificuldade que está sendo a entrega de donativos para os flagelados no Maranhão.

Disse o Jornal Nacional: “O Maranhão recebeu mais dois helicópteros para ajudar a levar auxílio aos atingidos pelas enchentes; um pertence à Marinha e o outro à Polícia Rodoviária Federal. Mas os militares decidiram só distribuir os donativos nos municípios em que a prefeitura e a Polícia Militar garantirem a segurança. Domingo, 17, moradores de Icatu, a 100 quilômetros de São Luís, tentaram saquear um helicóptero da Força Aérea Brasileira (FAB) que levava cestas básicas”.

As imagens da tentativa de saque foram exibidas para todo o Brasil, o que mostra que o governo do Estado não se sensibilizou para o problema, que a governadora Roseana Sarney continua insensível ao drama dos desabrigados que estão passando fome no interior do estado. Tivesse o governo assumido de verdade a situação, não teríamos tentativas de saque como essa de Icatu. E o governo federal não estaria condicionando as ajudas à segurança dos seus agentes.

É a triste realidade do Maranhão, hoje, entregue brutalmente pela Justiça Eleitoral a um grupo que está pouco ligando para o sofrimento de centenas de milhares de pessoas.

PT descarta aliança com Roseana Sarney, diz Valdinar

O deputado Valdinar Barros (PT) ocupou hoje (terça-feira, 19) a tribuna da Assembleia para comunicar a decisão do Diretório Estadual do PT, tomada, durante reunião no dia 14 de maio, de não apoiar a governadora Roseana Sarney (PMDB), proibir a participação de seus filiados na administração estadual, e se solidarizar com a população maranhense castigada pelas enchentes.

Segundo Valdinar, ficou decidido, também, por meio de resolução, que a aliança política defendida pelo deputado federal Washington Oliveira – PT/PMDB/DEM para as eleições de 2010 – não reflete nenhuma resolução do PT do Maranhão, pois se trata de uma posição pessoal do parlamentar que não conta com o respaldo da instância partidária.

De acordo com Valdinar, a resolução do Diretório Estadual confirma a suspensão da filiação do secretário estadual José Antônio Heluy, e remeteu sua expulsão para a Comissão Provisória e para a Comissão de Ética do partido, para os devidos procedimentos, com o direito ao contraditório e a ampla defesa.

“O PT condenou a atitude autoritária e revanchista da ‘governadora biônica Roseana Sarney’ junto aos prefeitos maranhenses, o uso político que a oligarquia tentou fazer da passagem do presidente Lula no Estado, e se solidariza com a população maranhense desabrigada pelas enchentes”, afirmou Valdinar.

A RESOLUÇÃO

O Diretório Estadual do Partido dos Trabalhadores no Maranhão, o PT, reunido em 14 de maio de 2009 em sua sede com quórum deliberativo aprova a seguinte Resolução.

“A defesa de Washington Oliveira da aliança do PT com o PMDB e o DEM, para as eleições de 2010, publicada na imprensa local não reflete nenhuma Resolução do PT do Maranhão e trata-se de uma posição pessoal que não conta com o respaldo desta instância partidária”.

“O diretório estadual ratifica a decisão de sua Executiva Estadual de 20 de abril de 2009, onde reafirma a sua oposição ao governo Roseana Sarney, do PMDB, e proíbe a participação de qualquer de seus filiados na administração estadual, bem como confirma a suspensão da filiação de José Antônio Heluy remetendo-se a Comissão Provisória, a Comissão de Ética do Partido o pedido de sua expulsão para os devidos procedimentos com o direito ao contraditório e a ampla defesa.”

“O PT dará prosseguimento ao diálogo com os partidos políticos e movimentos sociais do campo democrático e popular que contribuíram para a vitória das oposições em 2006 e apresentará as suas propostas para uma agenda de ação política que expresse as demandas da luta social maranhense para este ano de 2009.”

“Por fim, o PT condena a atitude autoritária e revanchista da ‘governadora biônica Roseana Sarney’ junto aos prefeitos maranhenses, o uso político que a oligarquia tentou fazer da passagem do Presidente Lula no Estado e se solidariza com a população maranhense desabrigada pelas enchentes”.

(Da Agência Assembleia)

terça-feira, 19 de maio de 2009

MANIFESTO AO POVO DO MARANHÃO

MANIFESTO AO POVO DO MARANHÃO


O Maranhão é um Estado importante e estratégico para o Brasil. Situado entre as regiões Nordeste, Norte e Centro Oeste, o Maranhão possui abundância em recursos naturais e uma rica diversidade cultural que se expressa através de seu povo alegre, resistente e trabalhador.
Apesar desses fatores positivos, os maranhenses continuam entre os mais pobres do País, vítimas de grupos oligárquicos autoritários, excludentes e golpistas que nos últimos 60 anos controlaram as instituições públicas em benefício próprio.
Em 2005, o governador José Reinaldo Tavares, ao romper com a oligarquia Sarney, iniciou o processo de libertação do povo maranhense.
Nas eleições de 2006, em especial no segundo turno, a população maranhense rebelou-se, impondo fragorosa derrota à candidata da oligarquia, elegendo o candidato da Oposição Jackson Lago.

Inconformado, o chefe da oligarquia moveu céu e terra para desforrar-se da rebeldia popular e não deixar Jackson Lago governar. Para tanto, fez o que pôde para impedir o acesso do governo estadual aos programas e recursos do governo federal; obstruiu a visita de autoridades federais ao Estado; transformou o seu aparato de comunicação em partido político e em máquina de guerra contra o novo governo; envolveu a Justiça Eleitoral em uma trama diabólica que resultou no mais odioso golpe contra a democracia ao cassar o governador eleito, para entregar o Governo do Estado à sua filha e candidata derrotada.

Hoje, o Maranhão vive a mais grave crise de sua história recente, na medida em que não há governo eleito, já que a governadora de hoje tem um mandato que lhe foi entregue pelo voto de quatro ministros do Tribunal Superior Eleitoral-TSE. Por outro lado, a governadora ilegítima está sem rumo, encurralada em Palácio e submissa ao poder do Secretário de Saúde, seu cunhado, que de fato é o governador.
Nestes 30 dias após sua posse, a governadora de poucos votos transformou o governo provisório em uma delegacia de polícia com abertura de inquéritos contra tudo e contra todos, para, através da mídia controlada, encobrir a falta de ações voltadas para a solução dos problemas da população.

A Governadora de quatro votos não consegue mobilizar ações para atender os milhares de irmãos nossos que, atingidos pelas enchentes, padecem ao relento, sem saúde , alimento e afeto, sobrevivendo em condições humilhantes e degradantes.

Para provar que não gosta de políticos e agravar ainda mais a crise no Estado a Governadora sem votos promove insólita e odiosa campanha contra os prefeitos municipais, confiscando recursos deixados pelo governo anterior para construção de hospitais, escolas, barragens, estradas, viadutos e outras obras, essenciais para o desenvolvimento econômico das unidades municipais e a melhoria da qualidade de vida dos maranhenses.

Diante das incertezas, abandono e sofrimento em que vive hoje o povo maranhense, nós dos partidos políticos (PSB, PSDB, PT, PCdoB, PCB, PTC, PPS, PDT) entidades da sociedade civil, lideranças sindicais, intelectuais e estudantes decidimos criar o MOVIMENTO EM DEFESA DO MARANHÃO LIVRE (nome provisório), para denunciar o golpe aplicado pela oligarquia contra a cidadania maranhense, articular ações de apoio e solidariedade aos atingidos pelas enchentes e outras calamidades; defender os municípios e os seus prefeitos dos atos autoritários e ilegais da governadora biônica; lutar pela devolução dos recursos indevidamente retirados dos cofres municipais; defender a autonomia do Poder Judiciário e do Legislativo agredidos pela Governadora de quatro votos; divulgar e defender as realizações positivas do governo anterior; fiscalizar os atos do atual governo provisório; defender no Poder Legislativo Estadual a aprovação de medidas em favor dos servidores públicos e da população carente; apoiar a luta dos trabalhadores urbanos e rurais na defesa de seus direitos, solidarizar-se com as reivindicações do movimento estudantil e dos intelectuais, bem como construir as alternativas capazes de conduzir as forças democráticas e populares à vitória eleitoral e política em 2010.

Este Movimento é aberto a todos que desejam o Maranhão livre, desenvolvido, fraterno e justo.


São Luís, 18 de maio de 2009.

MOVIMENTO EM DEFESA DO MARANHÃO LIVRE

Oposição ao grupo Sarney lança manifesto ao povo do Maranhão

Ao final do encontro foi lançado manifesto ao povo do Maranhão e estabelecido critérios para a criação de comissão para coordenar o Movimento em Defesa do Maranhão Livre.

"Foi uma reunião exitosa, que revela a força dos partidos de oposição. Representa o ponto inicial de uma nova luta pela retomada do governo do Maranhão", declarou Marcelo Tavares.

Para demonstrar o peso político da reunião, Tavares lembrou que dela participaram representantes dos dois principais partidos que dividirão os palanques em 2010 na disputa pela Presidência da República: PT e PSDB.

No cenário regional, ele também destacou a importância dos outros partidos, que deram sustentação ao movimento que saiu vitorioso nas eleições de 2006. "Esta causa é extremamente viável", refletiu.

Logo na abertura dos trabalhos, Marcelo Tavares esclareceu que apesar de atender a uma convocação do PSB, o encontro tinha uma imagem suprapartidário e um objetivo estratégico: discutir o cenário político, econômico e administrativo do Maranhão e o papel das forças de resistência ao governo Roseana Sarney, que apenas retornou ao poder pela via judicial, em completa dissonância com a verdade das urnas.

A primeira liderança a se manifestar foi o ex-governador José Reinaldo Tavares (PSB) que, diante do auditório lotado, bradou: "Este espaço da resistência está firme e será sempre vencedor".

José Reinaldo disse que a decisão do TSE, que cassou o ex-governador Jackson Lago e nomeou Roseana Sarney para substituí-lo, é questionada por autoridades de renome nacional, "que se revelam estupefatas com o que aconteceu".

Para José Reinaldo, a derrota de Roseana Sarney nas urnas, em 2006, foi uma resposta inequívoca da população ante ao atraso a que o Estado foi submetido por décadas. "Os péssimos indicadores sociais fizeram com que o Maranhão fosse tratado em tom de galhofa. Isso motivou o eleitor a trocar de nome (de grupo político na nas eleições de 2006)".

O ex-governador lembrou as condições que em encontrou o Estado, quando assumiu o governo. Destacou que sua primeira atitude no exercício do poder foi sanear as finanças do e eliminar a o grau de dependência financeira do governo federal.

Como indicativo do êxito de sua política fiscal, José Reinaldo citou uma matéria publicada numa das últimas edições da revista Veja, que apontou o Maranhão, durante o período do seu governo, como o 3º Estado que mais cresceu e se desenvolvimento socialmente.

A iniciativa da governadora Roseana Sarney de cancelar os convênios firmados com os municípios também foi motivo de críticas. "Coisa nunca vista, o governo atacar o caixa das prefeituras!".Segundo ele, na ânsia de reaver os recursos, o governo apropriou-se até de repasses do governo federal, como foi o caso do município de Icatu.

O prefeito de Icatu, Juarez Lima (PDT), que estava presente na reunião, explicou que os recursos repassados pelo Ministério da Integração Nacional para a construção de 100 casas populares foram sugados pelo governo estadual. Lima informou que deu entrada numa ação no Ministério Público Federal para reaver os recursos.

O ex-presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), ministro Edson Vidigal, avaliou que o cenário político para as eleições de 2010 é mais complexo se comparado ao das eleições de 2006, pois "a ilegitimidade usurpou o poder das urnas". "O momento é de inspiração para o trabalhado redobrado".

Ele conclamou todos os partidos de oposição a reconstruírem a unidade política pela retomada do governo. Ele sugeriu a criação de comitês em várias regiões do Estado com a missão de esclarecer politicamente a população. "Só vencendo a pobreza política vamos vencer outras pobrezas que nos atrasam, social, econômica e cultural".

Além de dezenas de prefeitos, vereadores e lideranças, o ato contou com a participação dos deputados federais Roberto Rocha e Carlos Brandão, ambos do PSDB, Domingos Dutra (PT) e Julião Amim (PDT). Marcaram presença os deputados estaduais: Marcelo Tavares (PSB), Chico Leitoa (PDT), Rubens Júnior (PRTB), Edivaldo Holanda (PTC), João Evangelista (PSDB), Pavão Filho (PDT), Pedro Veloso (PDT), Domingos Paz (PSB), Valdinar Barros (PT) e Penaldon Jorge (PSC). (Do JP Online)

REUNIÃO EM DEFESA DO MARANHAO LIVRE


Aconteceu hoje pela manhã, no auditório da Assembléia Legislativa, a primeira reunião suprapartidária que irá fazer oposição ao grupo Sarney desde agora, até as eleições em 2010. A reunião foi comandada pelo PSB, partido do ex-governador Zé Reinaldo, que organizou uma frente de oposição e derrotou o grupo Sarney nas eleições em 2006, mas, que retornou ao poder, graças aos ministros do STE em Brasília.

Ao que parece, essa mesma frente reunida hoje, com as principais lideranças políticas do estado, compareceram e deram suas opiniões sobre a situação calamitosa que o estado se encontra, não apenas pela força das chuvas, mas pela inércia e incompetência do grupo político que retornou ao poder, através do STE.

Passados 31 dias, desde que foi empossada como governadora (um mês sob nova administração), ainda não se viu nada novo, o estado está parado, e em total estado de calamidade. Roseana ainda não disse para que veio. Para piorar, em total desrespeito ao sofrimento do povo do interior, seqüestrou o dinheiro que foi depositado nas contas das prefeituras pelo governo anterior, que estava destinado a projetos que facilitariam a vida do povo: projetos para agricultura, hospitais, escolas, estradas e barragens.
Na reunião, o motivo maior dos discursos, foi para que cada partido de oposição a Oligarquia Sarney, esteja buscando soluções para o povo do Maranhão, que se encontra esquecido em situação calamitosa.


No inicio da reunião, o deputado federal Domingos Dutra, ponderou para que a imprensa ali presente, (além dos conhecidos agentes murad/sarneysistas), não falasse coisas que não fossem ditas naquela reunião. Um deles, visivelmente emocionado, não se contendo, passou a fotografar os presentes, quantos prefeitos e deputados estavam lá, é necessário que seus chefes saibam quem esteve na reunião, a estratégia é conhecida, impor o medo e fazer chantagens.

segunda-feira, 18 de maio de 2009

O projeto da nova “Frente de Libertação”


O ex-governador José Reionaldo Tavares (PSB) não vai disputar o Senado Federal em 2010. Ele trabalha pela eleição à Câmara Federal. É o principal objetivo da nova versão da “frente de libertação”, que ele tenta reeditar a partir desta segunda feira.

O outro objetivo é eleger o deputado Flávio Dino (PCdoB) prefeito de São Luís.

Para isso, o deputado comunista está sendo convencido a disputar o Governo do Estado em 2010, como um dos dois candidatos da oposição - o outro nome é o de Jackson Lago (PDT).

A candidatura dinista atende aos interesses da “frente” e aos seus próprios.

Os da “frente” é garantir dois palanques no primeiro turno e forçar um segundo turno com Roseana Sarney (PMDB) ou seu candidato, embora considerem difícil a repetição de 2006, quando ela não estava no poder.

Os interesses de Dino são outros: candidato a governador, ainda que não seja eleito, ele potecializa sua candidatura a prefeito em 2012, apostando no fraco desempenho do tucano João Castelo (PSDB) em seu primeiro mandato.

Pela concepção de José Reinaldo, disputariam o Senado o petista Bira do Pindaré e o ex-ministro Edson Vidigal (PSB).

A ”frente” reinaldista terá, portanto, dois palanques em 2010. Um com PT,PCdoB e PSB, outro com PSDB e PDT.

Todos negarão agora o que foi colocado acima, mas é exatamente assimq ue eels querem que aconteça em 2010.

É só aguardar

domingo, 17 de maio de 2009

Atolado em denúncias, Sarney já pensa até em renunciar à presidência do Senado


Dora Kramer revela no jornal O Estado de São Paulo

Atolado num mar de denúncias de toda ordem desde que assumiu, em fevereiro, a presidência do Senado, pela terceira vez, o senador José Sarney tem pensado em renunciar, segundo revela, em seu artigo de ontem, em O Estado de São Paulo, a colunista Dora Kramer. Segundo ela, é cada vez mais consistente a hipótese de que Sarney só resolveu disputar o cargo – depois de negar diversas vezes que não o faria - para dar 20 meses de mandato de governadora à filha Roseana e livrar a pele do filho Fernando, que responde a inquérito na Polícia Federal, por sonegação fiscal e formação de quadrilha, dentre outras acusações.

A possível renúncia de Sarney estaria vinculada à preocupação dele com a biografia política, mas o gesto, na visão de amigos, ao contrário de melhorar sua imagem diante da história poderia muito mais transformá-la numa peça digna da lata de lixo com que a opinião pública execra os maus políticos.

A jornalista conclui sua análise prevendo que, dificilmente Sarney se sairá bem dessa sua empreitada. “O senador Sarney não tem outra saída: é investir na recuperação da credibilidade sob a orientação do seguinte lema: não se pode fazer tudo errado e, no fim, esperar que dê tudo certo”.

Eis o artigo de Dora Kramer:

“Com a renúncia na cabeça”

“O semblante carregado do presidente do Senado, José Sarney, expressa o desconsolo que lhe assola o espírito desde os primeiros dias da crise que coincidiu com o início de seu mandato. Incumbência pesada que, segundo confessou aos mais íntimos, já cogitou abandonar antes do prazo regulamentar de dois anos.

“Se foi um impulso momentâneo ou um plano a ser executado a qualquer momento, fato é que Sarney há cerca de 20 dias começou a dar razão aos que o aconselhavam a ignorar fosse qual fosse a motivação - de ordem pessoal, familiar, política ou partidária - para concorrer à presidência do Senado.

“Arrependido por ter deixado de lado o projeto de se eleger presidente da Academia Brasileira de Letras para, pela terceira vez em 14 anos, presidir o Senado, externou a vontade de renunciar. Ao cargo, ao mandato de senador, à carreira política.

“Quando falou no assunto, referiu-se aos 80 anos de idade a serem completados no dia 24 de abril de 2010. Não deixou claro se marcava data para o gesto pretendido ou se apenas considerava imerecida tal desventura a essa altura da vida.

“Os 50 anos de vida pública lhe deram experiência e discernimento suficientes para perceber o tamanho do estrago. O Senado no chão e ele pagando a maior parte da conta sem ter como resolver o problema.

“Por isso, ao dizer que pensava na renúncia como uma saída, avaliava que se candidatar à presidência foi um passo errado que o levou a perder o capital político de uma carreira que pretendia encerrar em alta.

“Primeiro, havia sonhado em coroar a trajetória com a presidência da Academia Brasileira de Letras, nos 100 anos da ABL. Faria, aí, sua opção preferencial pela literatura. Enquanto se manteve fiel a esse projeto, José Sarney rejeitou toda e qualquer possibilidade de ser candidato a presidente do Senado. Dizia isso aos correligionários, mas também à família e aos amigos até novembro do ano passado.

“Em dezembro, mudou. A alguns, para os quais havia dito que não disputaria, comunicou a mudança com a seguinte frase: O destino me leva à política. O destino, no caso, foi entendido como a percepção de que na presidência do Senado Sarney poderia ajudar dois dos seus três filhos: Fernando, com problemas na Polícia Federal, e Roseana, envolvida no embate judicial que afinal cassou Jackson Lago e deu a ela o mandato de governadora do Maranhão.

“Estava, porém, escrito outro tipo de sina bem menos venturosa. A crise no Parlamento estourou logo na estreia e Roseana assumiu em meio às enchentes que desabrigaram milhares de pessoas e devastaram o Estado, cuja recuperação demanda muito mais tempo que os 20 meses de mandato herdados por decisão da Justiça.

“Posto o arrependimento em virtude da consumação dos piores fatos, os mesmos que haviam aconselhado Sarney a esquecer a presidência do Senado no mês passado lhe disseram para tirar da cabeça essa história de renúncia.

“Primeiro, porque a primeira loucura (de presidir o Senado) não poderia ser consertada com outra maior. Em segundo lugar, se a preocupação de José Sarney é com a biografia, a rendição na adversidade não seria a melhor contribuição à História.

“Agora, na opinião dos amigos, o senador Sarney não tem outra saída: é investir na recuperação da credibilidade sob a orientação do seguinte lema: não se pode fazer tudo errado e, no fim, esperar que dê tudo certo”.

(Dora Kramer – O Estado de São Paulo)

sábado, 16 de maio de 2009

Maranhão lidera lista de municípios em situação de emergência no país

Os estados do Maranhão e Ceará são os mais prejudicados pela chuva no país. Segundo dados divulgados pela Confederação Nacional dos Municípios (CNM), os dois estados lideram a lista de municípios que decretaram situação de emergência: 78 cada.

No Rio Grande do Sul e Santa Catarina, a estiagem também preocupa prefeitos em 216 municípios gaúchos e 124 catarinenses.

O levantamento com os principais municípios em dificuldade foi realizado pela CNM a partir de dados divulgados pela Secretaria Nacional de Defesa Civil, que indicam o panorama geral da situação enfrentada por municípios brasileiros em decorrência de desastres naturais no Norte, Nordeste e Sul do País.

“Além da grande quantidade de desabrigados, estes municípios têm enfrentado perda em suas atividades econômicas. Eles também estão executando altos gastos com os custos emergenciais de atendimento às pessoas e famílias afetadas”, afirma o presidente da CNM, Paulo Ziulkoski.

Bacabal: juiz solicita remanejamento de famílias isoladas pela enchente

O juiz Osmar Gomes também vai solicitar à Secretaria de Segurança Pública do Estado que disponibilize um helicóptero do GTA para realizar o resgate das famílias para abrigos mantidos pela prefeitura de Bacabal, onde permanecerão até que possam retornar às suas casas em segurança.

COMITÊ – Para tentar minimizar a situação de calamidade em que vivem várias famílias de Bacabal, o Comitê Gestor de apoio aos desabrigados da comarca, formado pelo juiz Osmar Gomes, representando o Judiciário, o promotor Luiz Gonzaga Coelho, representando o Ministério Público, membros do Executivo e Legislativo municipais e entidades organizadas da sociedade civil, está se reunindo semanalmente às quartas-feiras, discutindo soluções a curto, médio e longo prazo.

“O comitê vai permanecer até que todas as famílias estejam habitadas de forma digna”, informa o magistrado. A previsão é que somente dentro de oito meses a situação volte à normalidade plena.

Uma das medidas de caráter urgente é o apoio à campanha para a arrecadação de alimentos para a população atingida, que também são entregues toda semana nos abrigos da cidade. Na próxima quarta-feira (20), serão entregues mais de 900 cestas básicas às 900 famílias alojadas.

Como medida emergencial até a retirada das pessoas das comunidades ilhadas, um helicóptero do exército levou, na manhã desta sexta-feira (15), 130 cestas básicas.

Segundo informações do juiz, já foram arrecadados mais de cinco toneladas de alimentos, além de roupas e calçados, em vários pontos de coleta na cidade e no Fórum, onde funciona o comitê central. A sociedade e empresários estão mobilizados. A Indústria e Comércio de Leite Sol, empresa paulista com representação no município, já garantiu a doação de 200 fardos de leite.

A imprensa local será acionada na segunda-feira (18) para dar apoio na divulgação da campanha, no sentido de conseguir principalmente alimentos mais essenciais, como arroz, feijão, café e açúcar. Quem quiser doar deve entrar em contato com a secretaria da 1ª Vara, pelo telefone (99) 3621 – 5046, ou contatar as assistentes sociais Luciana ou Joina, pelo telefone (99) 3621 – 3221. (Da Ascom / Corregedoria Geral da Justiça)

sexta-feira, 15 de maio de 2009

ROSEANA É CITADA NA VEJA COMO EXEMPLO DE CORRUPÇÃO POLÍTICA

O FANTASMA DA LUNUS VOLTA A ASSOMBRAR

A ocupante do governo do Maranhão aparece na companhia de outros políticos 'fichas sujas', como Jader Barbalho, Fernando Collor, Severino Cavalcanti e Edmar Moreira

POR OSWALDO VIVIANI

Uma reportagem publicada na revista Veja que chega hoje às bancas do Maranhão cita a ocupante do governo estadual, Roseana Sarney Murad (PMDB), como exemplo de corrupção impune na política. A revista relembra o "caso Lunus", episódio que fraturou a pré-candidatura de Roseana à Presidência da República, em 2002. De acordo com a Veja, apesar do escândalo - a apreensão pela Polícia Federal de mais de R$ 1,34 milhão em dinheiro vivo, cuja origem nunca foi devidamente explicada, no cofre da Lunus, empresa de Roseana e de seu marido Jorge Murad -, a filha de José Sarney conseguiu, no mesmo ano de 2002, se eleger senadora.

Além de Roseana Sarney, outros políticos que se elegeram, mesmo depois de comprovado o envolvimento deles com falcatruas diversas, também são mencionados pela Veja: Jader Barbalho, Fernando Collor, Severino Cavalcanti e João Paulo Cunha.

A reportagem, intitulada "Verdades que envergonham", tem como mote as declarações do deputado Sérgio Moraes (PDT-RS), que declarou esta semana que está "se lixando para a opinião pública" e que a opinião pública não acredita no que os jornalistas escrevem. "Vocês batem, batem e nós nos reelegemos mesmo assim", disse Sérgio Moraes, que já respondeu a processo até por favorecimento à prostituição. Leia a seguir a íntegra da matéria da Veja e um resumo do "escândalo Lunus".

"O Congresso seria bem diferente se todos os deputados e senadores seguissem o exemplo do deputado Sérgio Moraes, do PTB do Rio Grande do Sul. Na semana passada, o nobre parlamentar gaúcho deu uma invejável demonstração de sinceridade aos colegas e aos eleitores. Relator do processo que analisa as peripécias do deputado Edmar Moreira - aquele que tem um castelo de 25 milhões de reais e nunca declarou isso ao Fisco e também cultivava o hábito de usar a verba de gabinete para contratar serviços de suas próprias empresas -, Moraes se irritou com os jornalistas que cobravam dele uma posição mais rigorosa sobre o caso e disparou uma das mais honestas declarações que se ouviram da boca de um político nos últimos tempos: "Eu estou me lixando para a opinião pública! Até porque a opinião pública não acredita no que vocês escrevem. Vocês batem, batem e nós nos reelegemos mesmo assim".

A repercussão foi tanta que Moraes foi ao plenário se explicar, mas, no geral, não recuou um milímetro do que dissera - nem deveria. O deputado está certíssimo. Ele e uma parte considerável de seus colegas realmente não se importam com o que pensam os eleitores e, como tem ficado evidente diante dos últimos escândalos, agem com profundo desprezo em relação às questões mais elementares da ética, movidos pela convicção de que ainda serão premiados por isso nas próximas eleições.

Ficha corrida - A biografia do deputado é a própria demonstração do seu teorema político. Deputado federal em primeiro mandato, Sérgio Moraes presidiu o Conselho de Ética até março. Seu principal feito no cargo foi trabalhar pelo arquivamento do processo contra o deputado Paulinho da Força (PDT-SP), que participou de esquema de desvio de recursos do BNDES.

Antes de chegar a Brasília, Moraes teve dois mandatos de vereador e dois de prefeito em Santa Cruz do Sul (RS), também foi duas vezes deputado estadual. Vencia eleições à medida que respondia a processos. Há oito acusações contra ele no Supremo Tribunal Federal, entre as quais algumas bizarras, como a instalação de um telefone público na casa do próprio pai quando era prefeito. E já respondeu a outras um pouco mais delicadas, como a de receptação de jóias roubadas e de envolvimento com uma rede de prostituição - crime pelo qual chegou a ser condenado em primeira instância.

Apesar da ficha corrida, o deputado é campeão de votos na região. Sua popularidade é tamanha que ele elegeu a mulher prefeita de Santa Cruz do Sul e o filho vereador da mesma cidade. Por isso, Moraes sabe o que fala quando diz que está se lixando para a opinião pública.

Anistia do eleitor - Há dezenas de outros exemplos de parlamentares que se envolveram nos mais escabrosos escândalos da recente história política brasileira e que flanam pelos corredores do Congresso anistiados pelos eleitores (veja quadro abaixo, com Roseana Sarney, Jader Barbalho, Severino Cavalcanti, Fernando Collor e João Paulo Cunha). São as evidências reais de que o deputado Sérgio Moraes, infelizmente, apenas reproduziu a verdade.

"O que se convencionou chamar de opinião pública atinge um público restrito, com um pequeno poder de mobilização. Grande parte da população não tem acesso às informações sobre os desmandos dos políticos. E mesmo aqueles que têm informação estão mais preocupados com problemas cotidianos, como emprego, salário e educação dos filhos, deixando a política em segundo plano", diz o cientista político Rubens Figueiredo.

Para Claudio Abramo, diretor da ONG Transparência Brasil, as denúncias sobre os desmandos ainda são a melhor arma para a sociedade se defender dos maus políticos. "Nos últimos anos o acesso à informação tem sido facilitado e, com isso, a vida dos políticos corruptos tende a ficar mais difícil, mas é um trabalho de longo prazo", afirma. A entidade vê com bons olhos a possibilidade de proibir os políticos com ficha suja de disputar eleições.

Protegidos pelos Sarneys - Apesar de algumas demonstrações de indignação sobre as declarações de Sérgio Moraes, o Congresso, como regra, tem seguido linearmente o que o deputado prega - só que no mais conveniente silêncio.

Há duas semanas, por exemplo, foi revelado que João Carlos Zoghbi, ex-diretor de recursos humanos do Senado, e sua mulher, Denise Zoghbi, receberam 2,3 milhões de reais do Banco Cruzeiro do Sul pela renovação de contrato para concessão de crédito consignado aos funcionários do Senado. O pagamento foi feito a empresas do casal, que estavam registradas em nome de uma ex-babá de 83 anos. Em vez de remeter a investigação do caso à Polícia Federal, como seria o normal, o presidente do Senado, José Sarney, preferiu chamar a Polícia Legislativa.

Zoghbi, o milionário, tem uma relação muito próxima com o grupo político de Sarney e seu padrinho político é o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, aliado de Sarney. Seu chefe imediato no Senado era Agaciel Maia, o ex-diretor-geral demitido por esconder a propriedade de uma mansão de 5 milhões de reais. Agaciel chegou à direção do Senado em 1995, após ter protegido Roseana Sarney, filha de Sarney, de uma investigação do Ministério Público sobre uso político da gráfica do Senado, que ele presidia.

Qualquer investigação minimamente séria teria de se debruçar sobre as ligações políticas dos funcionários afastados com os parlamentares que comandam o Senado. Traduzindo: é uma investigação apenas de mentirinha, de faz de conta, para não chegar a lugar algum e deixar tudo como está. Os senadores também estão se lixando para a opinião pública. (Otávio Cabral)



CRIME E PERDÃO

É constrangedor, mas o deputado Sérgio Moraes tem razão. Autoridades, deputados e senadores envolvidos em grandes escândalos foram absolvidos pelos eleitores



Milhão escondido - Roseana Sarney renunciou à candidatura à Presidência depois que a polícia apreendeu 1 milhão de reais de origem desconhecida em seu comitê de campanha. No mesmo ano, elegeu-se senadora.



Corrupção e Fortuna - Jader Barbalho renunciou à presidência do Congresso acuado por denúncias de enriquecimento ilícito. Um ano depois, foi eleito deputado federal.



Propina - Severino Cavalcanti renunciou à presidência da Câmara por receber propina de um dono de restaurante. Três anos depois, elegeu-se prefeito de João Alfredo (PE).



Impeachment - Fernando Collor perdeu o mandato de presidente após ser acusado pelo próprio irmão de liderar um governo corrupto. Catorze anos depois, foi eleito senador por Alagoas.



Mensaleiro - João Paulo Cunha foi absolvido pelo plenário da Câmara em 2006 por receber dinheiro do esquema que ficou conhecido como mensalão. No mesmo ano, foi reeleito deputado.

Roseana e Jorge Murad nunca explicaram dinheiro escondido na Lunus

No dia 1º de março de 2002, uma operação da Polícia Federal encontrou R$ 1,34 milhão, em 26.800 notas de R$ 50, no cofre do escritório da Lunus Serviço e Participações Ltda., localizado no Edifício Adriana, no Renascença II. A apreensão ocorreu num momento em que Roseana Sarney Murad, sócia majoritária da Lunus, detendo 82,50% de seu capital (seu marido Jorge Murad tinha 17,27%), então no PFL, cavalgava com desenvoltura em índices expressivos nas pesquisas entre os pré-candidatos à Presidência da República. A imagem dos bolos de notas de R$ 50, exibidas com destaque pelas TVs de todo o país, implodiram a pretensão de Roseana e do clã Sarney de chegar mais uma vez ao mais alto cargo político do país. Em 13 de abril, Roseana desistiu de ser candidata à Presidência e anunciou que concorreria ao Senado, sendo vitoriosa na eleição.



O casal Roseana/Jorge: perguntas sem resposta

A dinheirama achada na Lunus nunca foi devidamente explicada, apesar de oito tentativas feitas por Roseana e Jorge Murad. Primeiramente, eles disseram que o dinheiro era da Lunus. Depois, que pertencia a outra empresa, e estava só guardado no cofre da Lunus. Reserva financeira para comprar madeira de construção e resultado de uma venda de chalés numa praia foram outras versões apresentadas para tentar explicar de onde veio o R$ 1,34 milhão, até que o casal Roseana/Jorge finalmente definiu-se pela versão da doação à campanha de Roseana de parentes, amigos e empresários ligados ao clã. Entre os supostos doadores, apareceram Fernando Sarney (irmão de Roseana), dois tios e um irmão de Jorge Murad, o próprio Jorge (que disse ter doado R$ 200 mil a Roseana sem o conhecimento dela...), o empreiteiro João Claudino, o prefeito de Altamira do Maranhão, Rosalino Silva, o empresário e político Ildon Marques e Antonio Klinger de Souza, irmão do atual ocupante do cargo de vice-governador, João Alberto de Souza.

Ninguém acreditou na história, mas mesmo assim o caso foi arquivado pela Justiça e o dinheiro devolvido a Roseana e Jorge. Ficaram sem resposta perguntas óbvias. Por que todos os doadores acharam que o cofre da Lunus, uma empresa instalada num prédio com vigilância amadora, era mais seguro que o cofre de um banco? Por que Jorge Murad, em vez de ir sacando o dinheiro conforme as necessidades de campanha, preferiu pegar a bolada de 200.000 reais em dinheiro vivo e metê-la num cofre? Por que o PFL não doou nada à sua pré-candidata, Roseana, apesar de o partido ter, em 2002, R$ 17 milhões de reais do fundo partidário?

Mestres do Direito voltam a condenar os argumentos do presidente do tse

Mais uma vez o artigo “Votos anulados e eleição mantida”, do ministro Carlos Ayres Brito, presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), no qual ele tenta justificar as duas decisões que cassaram os mandatos do governador Cássio Cunha Lima, da Paraíba, e Jackson Lago, do Maranhão, é contraditado. O argumento do ministro é que, em caso de cassação do eleito por vício na candidatura, o TSE deveria empossar aquele candidato que seria vencedor no primeiro turno, desconsiderando do cálculo os votos dados ao candidato cassado, o que ele chamou de “rescaldo eleitoral”.

Por sua vez, com o sugestivo título “Casa de Marimbondo”, no artigo publicado no Correio Brasiliense de ontem, os professores Yuri Kasahara, da Fundação Getúlio Vargas-RJ e pesquisador do Centro de Pesquisas em Direito e Economia (CPDE) da FGV; e Daniel Strauss Vasques, mestre em economia pela PUC-RJ e advogado, põem essa tese abaixo. Ali, os dois mestres do Direito não só condenam os argumentos de Brito, como torcem para que o Supremo Tribunal Federal, que brevemente vai se manifestar sobre a matéria, não desperdice a oportunidade de ratificar os princípios democráticos do processo eleitoral e retificar a decisão do TSE. “Não há por que se mexer em casa de marimbondo”, concluem, como mostra o artigo, abaixo:

“Casa de Marimbondo”

“Em artigo intitulado “Votos anulados e eleição mantida”, o ministro Carlos Ayres Britto apresenta uma justificativa para a solução dada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) aos processos que levaram à recente cassação dos governadores do Maranhão e da Paraíba. Tomando o procedimento adotado pelo tribunal como a consolidação de uma tendência, o ministro defende que, em caso de cassação do eleito por vício na candidatura, o TSE deveria empossar aquele candidato que seria vencedor no primeiro turno desconsiderando do cálculo os votos dados ao candidato cassado, o que ele chamou de rescaldo eleitoral. Na ausência de um candidato que atenda esse requisito, um novo pleito deveria ser realizado. Sem entrarmos no mérito da cassação nesse caso específico, acreditamos que o procedimento adotado pelo TSE e os argumentos apresentados pelo ministro merecem análise mais cuidadosa.

“Em primeiro lugar, a ideia de que essa solução garante o respeito ao princípio da maioria democrática é não apenas equivocada, mas também perigosa em caso de aplicação generalizada no futuro. Tomemos como exemplo o município alagoano de Marimbondo, que obteve uma breve fama nas eleições de 2008 por eleger seu prefeito Zé Márcio (PSC) com 5.167 votos contra apenas um voto de sua adversária, Reneide Vieira (PHS). Segundo a nova tese do TSE, com uma eventual cassação da candidatura do prefeito eleito e de seu vice, Reneide Vieira deveria ser empossada. Mesmo tendo recebido o voto de apenas um único eleitor, ela preencheria com folga os requisitos, pois não só teria a maioria dos votos válidos do tal rescaldo da eleição, como sua totalidade.

“O caso hipotético de Marimbondo é extremo, mas está longe de ser um episódio isolado. Analisando os dados do TSE, constatamos que pelo menos 91% dos municípios brasileiros, se tivessem seus prefeitos cassados, poderiam empossar o segundo colocado pela improvisada fórmula do aproveitamento do rescaldo da eleição. É o que ocorreria em cidades como Belo Horizonte, Fortaleza, Curitiba e Recife. Mais ainda, segundo essa recém-criada linha de sucessão, Piracicaba, Limeira e outros 75 municípios brasileiros teriam candidatos eleitos com menos de 10% dos votos válidos da eleição originária.

“Além desse possível cenário surrealista, é discutível o respeito desse procedimento àquilo que o ministro Ayres Britto chama de princípio da legitimidade ética. Poderíamos entender como legítima ou como ética a pura e simples desconsideração dos votos dados ao candidato cassado? Deveriam esses eleitores ser punidos por ações do candidato que escolheram? Ao adotar esse procedimento e negar aos eleitores outra oportunidade de manifestar a sua vontade, o TSE os trata como cúmplices. A punição, nesse caso, estaria sendo estendida a uma parcela considerável do eleitorado.

“Em terceiro lugar, esse procedimento cria perigosos incentivos para que candidatos posicionados em segundo lugar façam acusações, reais ou fabricadas, contra os vencedores de eleições para cargos executivos. Vislumbrando a possibilidade de ser nomeado vencedor da disputa, o segundo lugar de uma eleição consideraria interessante levar denúncias a público logo após o resultado ter sido anunciado. Poupar o segundo candidato da via-crúcis de um novo pleito pode se mostrar no curto prazo uma medida que levaria uma série de novos casos para apreciação pela Justiça Eleitoral. Cria-se, dessa forma, a possibilidade de uma transferência maciça de responsabilidade eleitoral para o Judiciário, e não para as eleições em si. Um cenário no qual diversas eleições passariam a ser decididas pelo TSE não pode, assim, ser desprezado.

“Não resta dúvida de que a tese elaborada pelo TSE produz efeitos práticos imediatos. Declarar um vencedor sem a necessidade de uma nova eleição evita um período de vacância no cargo e as despesas com a organização de um novo pleito. Ocorre que, nesse caso, celeridade e economia não são necessariamente sinônimos de legitimidade democrática, gerando mais problemas do que soluções e contrariando os princípios que a própria decisão acredita defender. Em breve, o Supremo Tribunal Federal terá a possibilidade de se manifestar novamente sobre a matéria. É uma oportunidade que não deve ser desperdiçada de ratificar os princípios democráticos do processo eleitoral e retificar a decisão do TSE. Não há por que se mexer em casa de marimbondo.”

Links Patrocinados

quarta-feira, 13 de maio de 2009














O norte - nordeste está vivendo atualmente um dilema devido às chuvas torrenciais que assolam a região e já desabrigaram inúmeras famílias. O Maranhão, um dos estados mais afetados pelas chuvas, está sofrendo com a maior cheia dos últimos 35 anos.

O PTS (Partido da Transformação Social) no Maranhão, sensibiliza-se com a situação das famílias que já chegam a um número próximo de trinta mil e que tiveram que deixar suas casas devido as enchentes. A maior preocupação é o rio Mearim em Bacabal (fotos acima), que atingiu a marca de 9 metros de altura ocasionados pelas liberações de água na barragem do rio Flôres e continua subindo dia após dia, causando pânico entre as comunidades ribeirinhas.

As executivas regionais e municipais do PTS no maranhão estão dando total apoio às famílias desabrigadas e o Presidente Regional do PTS, Sr. Francisco Silva dos Santos, vem se colocando a disposição no auxílio e apoio aos desabrigados. Também os municípios de Caxias, Bacabal, São João do Sóter, Codó, Paço do Lumiar, Satubinha, Pio XII, São Luis Gonzaga, Lago Açu e Lago Verde, representados pelos respectivos Presidentes de Comissões Provisórias do PTS engajaram-se na luta de amparo as famílias atingidas.

Zé Reinaldo anuncia encontro das forças de oposição para segunda-feira (18)






Os membros da Frente de Libertação do Maranhão vão voltar a trabalhar para a disputa de 2010. Na próxima semana, os ex-governadores José Reinaldo Tavares (PSB) e Jackson Lago (PDT) vão se reunir com lideranças do PSB, PPS, PDT, PT, PTC e PSDB para debater as estratégias para as eleições do ano que vem.

A primeira reunião da Frente de Libertação após a cassação de Jackson Lago iria acontecer esta semana. Por problemas pessoais, o ex-governador do Maranhão teve que ir a São Paulo adiando o encontro. A reunião foi remarcada para a próxima semana. O objetivo será discutir as estratégias para as eleições de 2010.

Um dos pontos da discussão será o nome que vai entrar na disputa pelo governo do estado. Entre os cogitados está o nome de Jackson Lago ou ainda o ex-ministro Edson Vidigal (PSB). O nome do prefeito de São Luís, João Castelo, também é apontado como forte possibilidade. O que os membros da Frente querem é encontrar um nome que reúna característica que façam frente a provável candidata a reeleição, governadora Roseana Sarney (PMDB).

Confira a reportagem completa na versão impressa de O Imparcial.

segunda-feira, 11 de maio de 2009

Prefeito Cassado paga dentes de 34.700,00 para primeira dama com o dinheiro Público. Diz denuncia. e tem mais.


O prefeito (cassado) Francisco Rovélio Nunes Pessoa, de São Mateus (180 quilômetros de São Luís), está sendo denunciado ao Ministério Público da Comarca local por pagar o seu vaqueiro com cheque do Fundo de Participação do Município (FPM), conforme cópia do cheque anexada. O cheque está assinado pelo próprio prefeito (cassado).

O vaqueiro, ao ser demitido da fazenda de Rovélio, ainda deu entrada em uma ação trabalhista na Vara de Bacabal reclamando direitos decorrentes do vínculo de emprego na fazenda do prefeito. O promotor Clodomir Lima Neto recebeu a representação e é provável que abra inquérito civil público para apurar as denúncias.


São três os fatos descritos na representação dos comerciantes Cássio Boueres Ferreira, Antônio Pereira e Tarcísio de Paula. O mais grave e intrigante na denúncia é o tratamento dentário da esposa do prefeito Rovélio, no valor de 34.700,00 (trinta e quatro mil e setecentos reais), conforme minucioso relatório e etapas do tratamento definidos pelo dentista Ivaldo Araújo e enviados à Prefeitura de São Mateus.( na ação na justiça consta documentos oficiais assinado pelo medico)

A fatura apresentada ao erário municipal para pagamento e entregue ao promotor Clodomir Lima Neto será igualmente investigada no procedimento judicial a ser aberto. O relatório do dentista informa que os dentes da esposa do prefeito devem ser repostos por dentes de 'porcelana'.

O terceiro item da representação trata da não apresentação das contas anuais do exercício de 2008 pelo prefeito Rovélio, apresentadas ao TCE no mês passado e não entregues na Câmara Municipal para apreciação popular, como determinam a Constituição Federal e a instrução normativa de nº 9 do Tribunal de Contas do Estado. Uma certidão fornecida pelo secretário da Câmara, vereador Antonio Bernardino Chaves, informa que o prefeito não cumpriu a determinação legal de enviar as contas anuais ao legislativo municipal.

Segundo um dos denunciantes, Antônio Pereira, mais conhecido como Antônio Brilhoso, "o caso está escandalizando a população de São Mateus, em especial a substituição dos dentes da esposa do prefeito, Dona Zezé, por dentes de porcelana. A advogada Arêta Carneiro Paula, que assina a representação, disse que pagamento do vaqueiro com cheque do Fundo de Participação do Município é "um fato lamentável, um flagrante de improbidade administrativa".

O prefeito Rovélio foi cassado no mês passado pelo juiz Mário Márcio Almeida Sousa por suposta compra de votos, e se mantém no cargo por força de decisão liminar. O processo está em grau de recurso no Tribunal Regional Eleitoral. O promotor Clodomir Lima Neto e o prefeito Francisco Rovélio não foram localizados pela reportagem.

Fonte Jornal pequeno de 10/05/2009.