sexta-feira, 18 de setembro de 2009

Mão Santa comunica afastamento do PMDB


O senador Mão Santa (PMDB-PI) apresentou nesta sexta-feira (18) carta anunciando seu desligamento do PMDB, partido que "não é o mais dos sonhos", observou.
PMDB dividido

Mão Santa critica o partido
Roriz também deixa PMDB
Temer cobra aliança com PTMão Santa afirmou que mudará de sigla partidária para ter o direito de candidatar-se à reeleição e "continuar sendo a voz do Piauí no Senado"."Não é mais aquele PMDB! Aquele no qual, em 1974, sem nenhuma condição, Ulysses se lançou candidato. Para dar um sinal, ele dizia: 'Navegar é preciso. Viver não é preciso'. Agora, estão morrendo afogados", afirmou.Mão Santa criticou o partido que, "por negociações escusas, imorais e indecentes", recusa-se a participar com um candidato próprio ao governo do Distrito Federal e também sinaliza que não terá candidato a senador no Piauí. "Hoje sou condenado em meu estado pelo meu partido por fazer uma oposição responsável em defesa de uma melhor segurança pública, de saúde para todos, de uma educação pública de qualidade, oportunidade de empregos para jovens e adultos, fim da CPMF, fim das injustiças aos aposentados e combate à corrupção, que Ulysses Guimarães chamava de 'cupim da democracia'", explicou.
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Mais domicílios possuem máquina de lavar e microcomputador; veja o quadro do país e poO senador disse que se filiou a um PMDB defensor desses ideais e em nome desse partido destinou emendas que alcançaram mais de R$ 122 milhões para obras no Piauí. "Hoje, publicamente, membros do partido ligados e dependentes do PT reprimem e ameaçam quem se mantém fiel ao programa do PMDB e aos princípios democráticos da liberdade. Declaram claramente nos órgãos de comunicação que o PMDB não terá candidato a senador", criticou. Em apartes, Mozarildo Cavalcanti (PTB-RR), Geraldo Mesquita Júnior (PMDB-AC) e Heráclito Fortes (DEM-PI) lamentaram a situação. Mozarildo disse considerar o senador pelo Piauí "um símbolo, dado o empenho e luta" com que representa o estado no Senado. O senador por Roraima acredita que a situação deveria servir para que os ministros do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) reflitam sobre a imposição da fidelidade partidária, determinando que o mandato pertence ao partido.Para Mesquita Júnior, Mão Santa nada mais fez do que exercitar "no Senado Federal um direito que é sagrado, o direito da convicção"."Os partidos estão perdendo aquilo que tinham de melhor, estão perdendo a ligação com programas, estão perdendo a ligação com doutrinas. Aliás, estão perdendo absolutamente tudo", disse.No mesmo sentido, Heráclito Fortes ressaltou que Mão Santa foi, "durante mais de uma década, a maior estrela do Partido do Movimento Democrático Brasileiro no Piauí". Para Heráclito, Mão Santa representará, em qualquer partido onde for atuar, um quadro extraordinário, pela liderança, luta e pela maneira de atuar no Senado.

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