Ao final do encontro foi lançado manifesto ao povo do Maranhão e estabelecido critérios para a criação de comissão para coordenar o Movimento em Defesa do Maranhão Livre.
"Foi uma reunião exitosa, que revela a força dos partidos de oposição. Representa o ponto inicial de uma nova luta pela retomada do governo do Maranhão", declarou Marcelo Tavares.
Para demonstrar o peso político da reunião, Tavares lembrou que dela participaram representantes dos dois principais partidos que dividirão os palanques em 2010 na disputa pela Presidência da República: PT e PSDB.
No cenário regional, ele também destacou a importância dos outros partidos, que deram sustentação ao movimento que saiu vitorioso nas eleições de 2006. "Esta causa é extremamente viável", refletiu.
Logo na abertura dos trabalhos, Marcelo Tavares esclareceu que apesar de atender a uma convocação do PSB, o encontro tinha uma imagem suprapartidário e um objetivo estratégico: discutir o cenário político, econômico e administrativo do Maranhão e o papel das forças de resistência ao governo Roseana Sarney, que apenas retornou ao poder pela via judicial, em completa dissonância com a verdade das urnas.
A primeira liderança a se manifestar foi o ex-governador José Reinaldo Tavares (PSB) que, diante do auditório lotado, bradou: "Este espaço da resistência está firme e será sempre vencedor".
José Reinaldo disse que a decisão do TSE, que cassou o ex-governador Jackson Lago e nomeou Roseana Sarney para substituí-lo, é questionada por autoridades de renome nacional, "que se revelam estupefatas com o que aconteceu".
Para José Reinaldo, a derrota de Roseana Sarney nas urnas, em 2006, foi uma resposta inequívoca da população ante ao atraso a que o Estado foi submetido por décadas. "Os péssimos indicadores sociais fizeram com que o Maranhão fosse tratado em tom de galhofa. Isso motivou o eleitor a trocar de nome (de grupo político na nas eleições de 2006)".
O ex-governador lembrou as condições que em encontrou o Estado, quando assumiu o governo. Destacou que sua primeira atitude no exercício do poder foi sanear as finanças do e eliminar a o grau de dependência financeira do governo federal.
Como indicativo do êxito de sua política fiscal, José Reinaldo citou uma matéria publicada numa das últimas edições da revista Veja, que apontou o Maranhão, durante o período do seu governo, como o 3º Estado que mais cresceu e se desenvolvimento socialmente.
A iniciativa da governadora Roseana Sarney de cancelar os convênios firmados com os municípios também foi motivo de críticas. "Coisa nunca vista, o governo atacar o caixa das prefeituras!".Segundo ele, na ânsia de reaver os recursos, o governo apropriou-se até de repasses do governo federal, como foi o caso do município de Icatu.
O prefeito de Icatu, Juarez Lima (PDT), que estava presente na reunião, explicou que os recursos repassados pelo Ministério da Integração Nacional para a construção de 100 casas populares foram sugados pelo governo estadual. Lima informou que deu entrada numa ação no Ministério Público Federal para reaver os recursos.
O ex-presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), ministro Edson Vidigal, avaliou que o cenário político para as eleições de 2010 é mais complexo se comparado ao das eleições de 2006, pois "a ilegitimidade usurpou o poder das urnas". "O momento é de inspiração para o trabalhado redobrado".
Ele conclamou todos os partidos de oposição a reconstruírem a unidade política pela retomada do governo. Ele sugeriu a criação de comitês em várias regiões do Estado com a missão de esclarecer politicamente a população. "Só vencendo a pobreza política vamos vencer outras pobrezas que nos atrasam, social, econômica e cultural".
Além de dezenas de prefeitos, vereadores e lideranças, o ato contou com a participação dos deputados federais Roberto Rocha e Carlos Brandão, ambos do PSDB, Domingos Dutra (PT) e Julião Amim (PDT). Marcaram presença os deputados estaduais: Marcelo Tavares (PSB), Chico Leitoa (PDT), Rubens Júnior (PRTB), Edivaldo Holanda (PTC), João Evangelista (PSDB), Pavão Filho (PDT), Pedro Veloso (PDT), Domingos Paz (PSB), Valdinar Barros (PT) e Penaldon Jorge (PSC). (Do JP Online)
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