sexta-feira, 30 de janeiro de 2009


PSDB divide oposição e decide apoiar Tião Viana




Informe JP
O PSDB optou por apoiar a candidatura do petista Tião Viana (AC) à presidência do Senado. O líder tucano Arthur Virgílio (AM) já comunicou a decisão ao candidato petista. Deu-se num telefonema disparado pouco antes das 22h de ontem. Antes, Virgílio discara para Rosena Sarney, filha e coordenadora da campanha de José Sarney (PMDB-AP), o rival de Tião.
A deliberação do PSDB foi tomada em reunião realizada no Recife (PE), na casa de Sérgio Guerra (PE), presidente do partido. Além de Virgílio e Guerra, participou do encontro o senador Tasso Jereissati (PSDB-CE). Os outros senadores tucanos foram consultados pelo telefone. Exceto Mário Couto (PA). Em viagem ao exterior, Couto não foi localizado.
O senador Arthur Virgílio confirmou a notícia ao blog de Josias de Souza, da Folha de S. Paulo: "Nossa decisão está tomada. Apoiaremos o senador Tião Viana. Fizemos a opção que consideramos melhor e mais adequada para o Legislativo".
Tião disse que "o elo" do entendimento de sua candidatura com o tucanato "foi a carta-compromisso do PSDB", que assinara e respondera na véspera. "O PSDB me informou que não reivindica nada além disso". E quanto aos cargos na mesa diretora e nas comissões do Senado?
Tião responde: "Esse assunto, o PSDB me informou que vai tratar dentro do que está previsto nas regras da proporcionalidade das bancadas."
Sob a aparência de desprendimento, o tucanato almeja pelo menos três cargos: a primeira vice-presidência do Senado e o comando das comissões de Economia e de Relações Exteriores. São posições que, na véspera, Tião dissera aos tucanos que conseguiria prover.
Castelo no Fórum O prefeito João Castelo (PSDB) e a vice, Helena Duailibe (PSB), compareceram ontem à tarde ao Fórum Eleitoral, onde foi realizada a primeira audiência do processo movido pelo deputado Flávio Dino (PCdoB), pedindo a cassação do mandato de Castelo.
Na audiência, tanto Castelo quanto Helena refutaram a denúncia de que a coligação PSDB-PSB não teria apresentado a contabilidade dos Comitês da Juventude (Calhau) e do Cohatrac (ponto de apoio), feito pagamentos a fornecedores somente com um cheque, além da utilização de um prédio público na Avenida dos Franceses como comitê eleitoral.
OfensivaO deputado Flávio Dino confirmou ontem que não vai recuar de nenhuma das ações com as quais pretende cassar o mandato do prefeito João Castelo.
Uma das ações acusa Castelo por compra de votos e abuso de poder econômico e outra é por suposto abuso dos meios de comunicação. A audiência do primeiro processo, que deveria ser realizada na semana passada, foi adiada para o próximo dia 5 de fevereiro.
ReprimendaPor duas vezes, na audiência de ontem, o juiz da 1ª Zona Eleitoral, Lucas da Costa Ribeiro Neto, ameaçou expulsar Flávio Dino da sala porque ele insistia em fazer perguntas a Castelo.
Flávio Dino argumentou que, por também ser advogado, poderia questionar o prefeito. Lucas Neto contestou o comunista, dizendo que ele não estava habilitado nos autos do processo. O comunista pediu então sua inclusão no processo como advogado para poder também questionar o adversário. Castelo, também advogado, fez o mesmo pedido e foi atendido.
Reunião dos petistasA líder do PT no Senado Federal, Ideli Salvatti (PT-SC), convocou os senadores do partido para uma reunião no próximo domingo (1º), para uma avaliação conjunta do cenário sucessório na Casa.
A reunião está marcada para as 14h, no Gabinete da Liderança do PT no Senado. No mesmo encontro, Ideli fará a transmissão do cargo de líder do PT no Senado para o senador Aloizio Mercadante (SP).
Distorções antigasDois dias depois de o CNJ (Conselho Nacional de Justiça) divulgar um relatório listando 35 problemas encontrados na Justiça do Maranhão, o presidente do Tribunal de Justiça do Estado, desembargador Raimundo Cutrim, disse, por meio de nota, que as irregularidades são "distorções antigas" e que a atual administração está empenhada em corrigi-las.
Entre os problemas citados estão o excesso de servidores comissionados nos gabinetes dos desembargadores, processos paralisados por anos, falta de fiscalização no cumprimento das decisões judiciais e burocracia no recebimento de cartas precatórias - algumas aguardam cumprimento desde 2004.
Hino de São Luís O prefeito João Castelo sancionou a lei de nº. 5.073/09 que determina a todos os órgãos públicos municipais executarem o cântico do Hino de São Luís sempre durante a abertura das sessões solenes municipais. O projeto é de autoria do vereador Gutemberg Araújo (PSDB).
"O hino de São Luís é muito bonito e, por uma questão de organização e até mesmo de valorização do civismo, resolvi propor que ele fosse executado em todas as sessões", defendeu o vereador.
Segundo ele, na redação do projeto de lei, o parlamentar argumenta que a execução de hinos é um exercício cívico de defesa de um passado histórico e um compromisso com a nação.
PT reage a SarneyPor meio de nota divulgada ontem, o presidente da representação brasileira no Parlamento do Mercado Comum do Sul (Mercosul), senador Aloizio Mercadante (PT-SP), pediu isenção do senador José Sarney (PMDB-AP) em relação a entrada da Venezuela no bloco econômico.
Conforme explica o documento, Sarney, que é candidato à Presidência do Senado, afirmou que "lutará para vetar a entrada da Venezuela no Mercosul", caso seja eleito para comandar a Casa no próximo dia 2 de fevereiro.
"O senador, que já ocupou essa estratégica função no passado, sabe muito bem que o presidente do Senado tem de comportar-se com a neutralidade e a objetividade de um magistrado, evitando interferir nas matérias e processos que tramitam na Casa", afirma a nota.
Apoio de pesoAdversários no campo nacional, PT, DEM e PSDB se uniram na Câmara dos Deputados, com a formação do maior bloco partidário da história do Congresso para eleger Michel Temer (PMDB-SP) presidente da Casa.
O grupo, que conta com a participação de mais 11 siglas, também trabalha com outro objetivo: disputar o apoio do PMDB na eleição de 2010. Maior legenda nacional, o PMDB, que é presidido por Temer, é cortejado por tucanos e petistas.
"Todo mundo quer a coligação com o PMDB, quem é que não quer?", questionou o líder do PMDB na Câmara, Henrique Eduardo Alves (RN).

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