terça-feira, 2 de junho de 2009

Voo do Brasil à França desaparece com 228 a bordo

O representante da Air France no Brasil informou nesta segunda-feira, no aeroporto do Galeão (Tom Jobim, no Rio), que inicialmente está descartada uma pane elétrica no Airbus A330 que desapareceu após decolar na noite de domingo rumo à França.

Jorge Assunção, gerente da Air France, afirmou que, caso uma pane elétrica fosse confirmada, a aeronave ofereceria condições técnicas para o comandante retornar ao Rio.

O voo AF 447 decolou por volta das 19h de domingo do aeroporto do Galeão (Tom Jobim), no Rio, e deveria pousar no aeroporto Charles de Gaulle, em Paris, por volta das 11h local (6h de Brasília). Em nota, a empresa afirma que a aeronave "cruzou uma zona com forte turbulência" por volta das 23h (horário de Brasília) e enviou alerta automático sobre problemas no circuito elétrico às 23h14.

"Nós não temos essa informação [pane elétrica]. Se ele tivesse sofrido pane elétrica depois da decolagem teria voltado ao Rio. Nós acreditamos que isso não tenha acontecido", disse Assunção. Segundo ele, o último contato da tripulação foi feito às 22h33.

A lista com os nomes dos passageiros será divulgada pela Anac (Agência Nacional de Aviação). Assunção não quis fornecer detalhes e informou que ela deverá ser divulgada ainda na manhã de hoje.

Assunção orienta que os familiares devem se informar pelos telefones disponibilizados.

Buscas

A Aeronáutica informou que as buscas serão feitas no oceano Atlântico. Inicialmente, um avião da FAB (Força Aérea Brasileira) deve refazer o percurso do Airbus da companhia aérea. O último contato entre os ocupantes da aeronave e o Brasil foi feito por volta das 22h30 de ontem.

De acordo com a Aeronáutica, a região onde ocorreu o desaparecimento não tem radares, e a comunicação é feita por rádios de longo alcance. A FAB informou que tenta identificar a distância aproximada do desaparecimento, a partir de Recife (PE).

O ministro francês de Energia e Ambiente, Jean-Louis Borloo, afirmou que o avião da Air France já estaria sem combustível no momento, caso continuasse voando. "Agora ele já estaria sem querosene, então infelizmente nós consideramos o cenário mais trágico", afirmou Borloo, o número dois do Executivo francês, durante entrevista à radio France Info. Segundo ele, 'há um pessimismo real' sobre o ocorrido. "Nós podemos esperar o pior."

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